A Comissão das Pescas do Parlamento Europeu aprovou o relatório sobre o caminho a seguir para chegar a uma Economia Azul sustentável na União Europeia, nomeadamente o papel dos sectores da pesca e da aquicultura, que teve a eurodeputada Isabel Estrada Carvalhais como relatora.
A eurodeputada mostrou-se «muito satisfeita» com a aprovação do relatório, salientando o facto de a maioria parlamentar ter percebido que «este era um relatório bastante equilibrado, que procurou sempre garantir que as medidas propostas protegeriam os três pilares da sustentabilidade», ou seja, a sustentabilidade ambiental, social e económica.
A eleita do PS congratulou-se ainda pelas reacções, quer por parte das associações ambientalistas, quer por parte dos agentes sectoriais a nível europeu, que «foram também muito positivas, porque entenderam o esforço de equilíbrio feito».
Apesar disso, Carvalhais lamenta que haja ainda no Parlamento Europeu «resistências por parte de visões mais conservadoras que não estão realmente empenhadas em aproximar as pescas e a aquicultura dos pilares da sustentabilidade, mas sim em mantê-las agarradas a um paradigma económico linear, que não beneficia nem os pescadores, nem os produtores aquícolas».”
No contexto da proposta da Comissão Europeia, a eurodeputada chama à atenção de que a estratégia da Comissão, denominada “Uma nova abordagem para uma economia azul sustentável na UE: Transformar a economia azul da UE para assegurar um futuro sustentável”, tem «falta de medidas específicas que dêem aos sectores da Economia Azul e aos cidadãos que deles beneficiam, orientações claras sobre como atingir a sustentabilidade das pescas e da aquicultura».
Isabel Estrada Carvalhais considera ser necessário orientar os sectores para o uso responsável e sustentável dos recursos naturais, promovendo um ambiente marinho saudável, ao mesmo tempo que estimulam a criação de empregos e novas oportunidades económicas.