O município de Braga vai avançar para a aquisição da participação privada na chamada “PPP dos relvados sintéticos”, numa operação que deverá custar cerca de 35 milhões de euros, anunciou o presidente da câmara.
Segundo Ricardo Rio, inicialmente a intenção era a dissolução da parceria, mas entretanto o enquadramento legal mudou e agora a solução é a aquisição da participação privada.
“Estamos, obviamente, dependentes do ‘ok’ do privado, mas há abertura e espero que nas próximas semanas o processo possa avançar”, disse o autarca.
Em causa está a Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga (SGEB), uma parceria público-privada (PPP) constituída em 2008, quando a câmara era liderada pelo socialista Mesquita Machado, para a construção de 38 campos de futebol com relvado sintético e outros equipamentos desportivos e sociais.
A câmara detém 49%, estando atualmente os restantes 51% a cargo de uma construtora.
Rio adiantou que, entre a aquisição e o pagamento das dívidas da SGEB ao parceiro privado, a operação deverá custar 35 milhões de euros.
Para o presidente da câmara, eleito numa coligação liderada pelo PSD, aquela PPP foi “um dos maiores erros de gestão de que há memória” e “uma das decisões mais ruinosas” da Câmara Municipal.
“Estamos a falar de um custo anual, em rendas, que ultrapassa os sete milhões de euros”, apontou.
A PPP previa um investimento de 65 milhões de euros, mas apenas foram concretizados 35 milhões, porque em 2013 a Câmara passou do PS para a coligação PSD/CDS/PPM e o novo executivo determinou a paragem das obras.