Altino Bessa, presidente da Comissão Política Concelhia de Braga do CDS, acusou esta sexta-feira o Governo de falta de investimento em políticas de educativas na área do ensino especial.
O dirigente centrista em nota ao PressMinho/OVilaverdense, afirma faltam recursos humanos nos estabelecimentos de ensino. Dando como exemplo a situação no concelho de Braga, Bessa considera “insuficiente” a quantidade de recursos humanos distribuídos pelo Ministério de Educação aos agrupamentos de escola e jardins de infância que “garantam o cuidado das crianças com necessidades educativas especiais”.
“O Ministério da Educação tem mostrado uma abrangência de políticas e medidas efectivas muito parca no âmbito do ensino especial”, começando “desde logo pela falta de recursos humanos afectos a esta área nas escolas”, sublinha o também vereador da Câmara de Braga, lembrando que o concelho tem “uma rede educativa bastante alargada e com as suas particularidades”.
“VÉU DA IGNORÂNCIA”
Para o líder dos centristas bracarense, o Executivo de António “demite-se” das “funções base para o bom funcionamento da educação em Portugal”.
“Numa fase em que a transferência de competências para os municípios se aproxima, particularmente na área da educação, é necessário que o Governo Central, de uma vez por todas, olhe para a realidade de problemáticas que são transversais a todo o território nacional”, diz.
Considera ainda que transferência de competências está a ser acompanhada de “um enorme e grave desfasamento entre a delegação de novas competências aos municípios e as verbas que acompanham as respectivas transferências. Todos sabemos que sem verbas que se assemelhem à realidade dos territórios é impossível gerir correcta e eficazmente novas competências”, sustenta.
Segundo Bessa teme que com esta “nítida falta” de integração e inclusão que “se faz sentir na actualidade”, estas crianças e jovens “sofram no futuro com as consequências desta letargia”.
“Para que a educação inclusiva seja uma realidade é necessário que sejam introduzidas alterações de actuação na definição de estratégias no âmbito da educação especial”, frisa, deixando um conselho: “Governo Central precisa de largar o ‘véu da ignorância’”.