O Tribunal de Braga condenou a sete anos de prisão efectiva, por tentativa de homicídio qualificado, o homem que, em Setembro de 2021, tentou matar a namorada, numa festa na praia fluvial de Adaúfe, em Braga, só não o tendo feito por que ela fingiu que estava morta.
O colectivo de juízes, que condenou, ainda, Amândio Vaz, de 34 anos, a pagar 60 mil euros de indemnização à vítima, lembrou a especial censurabilidade do acto criminoso do arguido, por este ter usado de “grande agressividade” quando agrediu e tentou asfixiar a mulher com quem tinha um relacionamento amoroso.
O tribunal não aceitou a tese de que teria tido uma “paragem cerebral” quando, alegadamente, a viu a ter relações sexuais com um amigo.
No julgamento, o arguido disse ter “perfeita noção da gravidade” do crime, mas garantiu que “não quis tirar a vida” à sua então namorada, admitindo que “perdeu a cabeça”.
A acusação diz que, na noite dos factos, após ter visto a companheira com um amigo, apertou-lhe o pescoço, arrastou-a, agarrou-a pelos cabelos e começou a bater com cabeça da ofendida no chão.
Desferiu-lhe, a seguir, “vários socos na cabeça, nariz e boca tendo ela começado a engolir sangue”.
A vítima tentou gritar, “altura em que ele pegou em terra e erva seca, encheu-lhe a boca e fechou-a, impedindo-a de respirar”.
As agressões só pararam quando ela “se fingiu de morta, não se mexendo e ficando de olhos fechados”.
Mesmo assim, “ainda a abanou para ver se estava morta, levantou-se e pisou-lhe o rosto duas vezes, sem que ela tivesse reagido”.