Um condenado em liberdade condicional atacou esta quarta-feira com um pé de cabra, uma técnica de reinserção social, da equipa de Faro, que precisou de assistência hospitalar, confirmou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
O homem tentou ainda agredir a coordenadora do serviço na cabeça, mas não lhe acertou, revela o sindicato dos técnicos da Direção Geral Reinserção Social e Serviços Prisionais.
Segundo os esclarecimentos enviados à Lusa, a DGRSP indicou que a agressão ocorreu cerca das 16h30 de quarta-feira, quando o homem «forçou e danificou a porta» das instalações da equipa Algarve 1, «tendo agredido uma técnica superior que careceu de deslocação e assistência em hospital». O golpe acertou na perna.
A técnica, de 57 anos, ia a passar no corredor e foi atacada por um condenado, em liberdade condicional, que forçou a entrada no edifício de Reinserção Social e Serviços Prisionais, em Faro.
«Após os atos, o cidadão abandonou as instalações, tendo sido ativada a PSP, que compareceu no local, indo os factos ser comunicados ao Tribunal de Execução de Penas de Évora para os efeitos devidos», admitiu a DGRSP.
Questionada sobre um eventual reforço da segurança, a direção-geral frisou que estes casos «são excecionais» e, embora tenha manifestado «particular preocupação» com os seus trabalhadores, recusou comentar quaisquer procedimentos que acautelem as condições dos profissionais e das instalações.
«Atendemos aqui os arguidos condenados, vigiados, de todo o país e nós, ao contrário dos órgãos de polícia criminal, não temos armas para nos defendermos. Ele chegou aqui, munido de um pé de cabra, abriu a porta forçando-a e dirigiu-se à primeira colega que apanhou (…) desferiu-lhe um golpe na perna e de seguida dirigiu-se para o gabinete dos outros técnicos e só foi impedido pela coordenadora que fechou a porta. A porta é de vidro e ele com o pé de cabra parti-o», relata Pedro Gonçalves, SinDGRSP, em declarações à SIC- Notícias.
Na altura, estavam 10 técnicos no edifício e três pessoas a ser atendidas, incluindo uma mãe e um jovem de 15 anos. A intervenção de dois funcionários acabou por travar o homem, que fugiu depois de ameaçar voltar.
O ex-recluso, natural dos Açores, estava em liberdade condicional desde o início do mês. Tinha cumprido 5/6 de uma pena de 16 anos por vários crimes, incluindo violência doméstica.
O atacante, que há vários dias reclamava aos serviços por uma casa, foi entretanto alvo de uma queixa crime na PSP.
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