Os condutores de tractores estão obrigados a 35 horas de formação, tendo em conta o elevado número de acidentes com máquinas agrícolas, que o Governo entende ser uma «situação muito preocupante», muito devido «à antiguidade» de condutores e máquinas.
Isso mesmo foi assumido pelo Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel João Freitas, à margem da mais recente edição da AGRO – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, em Braga.
«Vai haver uma alteração do ponto de vista da exigência na formação para a licença para a condução de tractores, passando a haver formações no mínimo com 35 horas e com um conjunto de informação mais vasto do que o actual», anunciou.
O grupo de trabalho, constituído pelos Ministérios da Agricultura, Administração Interna, GNR, Instituto de Mobilidade e Transportes e pela ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho, está a trabalhar o combate à sinistralidade agrícola em diversas vertentes.
Para os condutores, novas regras na formação para futuros condutores e acções de sensibilização para os actuais é o caminho escolhido pelo executivo, sendo que quanto aos tractores o Governo quer que cada veículo tenha o «chamado arco de Santo António».
«A maior parte dos acidentes de veículos agrícolas, em 90% dá uma vítima mortal. De todos os veículos é aquele que tem uma percentagem maior relativamente às vítimas mortais porque, de facto, são veículos que não estão equipados, particularmente o arco de protecção», explicou.
Actualmente, o custo dessa estrutura ronda os «seis, sete mil euros», pelo que é intenção do Governo «reduzir drasticamente este valor, para que possam custar entre mil a dois mil euros».