O polo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas (HFAR) vai ser convertido numa unidade de campanha para auxiliar o Serviço Nacional de Saúde em virtude do recente crescimento dos números de infectados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
Em comunicado, o Ministério da Defesa Nacional anunciou esta sexta-feira a ampliação, na próxima semana, daquelas instalações para uma “capacidade de resposta até 60 camas de internamento em enfermaria e seis de cuidados intensivos”.
Tanto em Lisboa como no Porto, o HFAR já recebeu e tratou cerca de 500 doentes com covid-19 desde Março.
“O HFAR irá reforçar também as suas equipas de profissionais de saúde, com médicos e enfermeiros provenientes dos diferentes Ramos das Forças Armadas”, lê-se no texto, que acrescenta que foram dadas ordens ao Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) para aumentar “o nível de prontidão das estruturas de apoio de retaguarda militares, nas regiões Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo”.
Portugal registou hoje o maior número de doentes internados devido à covid-19, 3.451, no dia em que também foram atingidos novos máximos de mortes e infecções.
Segundo o boletim epidemiológico diário da Direcção-Geral da Saúde (DGS), a centena de óbitos foi esta sexta-feira ultrapassada, com 118 mortos relacionados com a covid-19, doença que levou ao internamento de 3.451 pessoas, tendo sido também registados mais 10.176 novos casos de infecção, os valores diários mais elevados desde o início da pandemia, em Março de 2020.
O estado de emergência foi renovado até 15 de Janeiro e ficou proibida a circulação entre concelhos do continente, entre as 23h00 desta sexta-feira e as 05h00 de segunda-feira.
Foi ainda decretado que em 253 concelhos do continente os habitantes estão sujeitos a recolher obrigatório e consequente proibição de circulação na via pública no sábado e no domingo a partir das 13h00 e até às 05h00 do dia seguinte.