O Tribunal de Comércio de Famalicão agendou para junho a assembleia de credores da Associação Industrial do Minho (AIMinho), que deve 14 milhões de euros, na qual será apreciado o Plano Especial de Recuperação (PER).
Na última reunião de credores, em março, a Caixa Geral de Depósitos, (CGD), o Novo Banco e o IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional) votaram a favor do alargamento do prazo inicial, por mais 20 dias.
O voto contrário veio do IAPMEI-Agência para a Competitividade e Inovação, um organismo estatal que é credor de 470 mil euros.
As principais dívidas do organismo empresarial dividem-se por dois bancos: a CGD, credor de seis milhões (48 por cento) e o Novo Banco, com 5,8 milhões (45 por cento). Ou seja, as duas entidades detêm 94 por cento dos débitos da Associação, pelo que a eventual aprovação do PER, depende deles.
A AIMinho tinha entregue um pré-projeto de PER, tendo o administrador judicial, Nuno Albuquerque, de Braga, levado a proposta de feitura de um documento final à reunião de credores, a qual foi aprovada sob supervisão do juiz.a favor da aprovação do PER, está o facto de a AIMinho possuir vários imóveis valiosos, caso do edifício-sede, em Braga, que valerá – segundo fontes do setor – 2,5 milhões de euros e de um pavilhão de exposições em Viana do Castelo.
Tem ainda diversas participações em institutos empresariais na região, como o IEMinho em Vila Verde, o Idite-Minho- Instituto de Desenvolvimento Tecnológico do Minho, em Braga, e o MinhoPark, em Monção, este último com 90 hectares, onde estão a ser infraestruturados 80 lotes para unidades empresariais. A AIMinho é ainda sócia de empresas e de outras instituições, com parceiros universitários e locais.
A Associação tinha eleições marcadas para março de 2017, mas estas foram suspensas para permitir que o presidente António Marques liderasse a resolução do problema.
Luís Moreira (CP 8078)
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