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Criada a Guimarães Space Hub a pensar na Nova Economia do Espaço

A associação GSH – Guimarães Space Hub foi formalmente constituída, o que representa um passo decisivo na consolidação de Guimarães como “um polo emergente na Nova Economia do Espaço”.

A nova associação foi formalizada por Domingos Bragança, presidente da Câmara vimaranense, Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho, e José Rui Felizardo, CEO do CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto.

O Guimarães Space Hub (GSH) nasce com a missão de promover a investigação e o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras no domínio aeroespacial, com foco nos satélites para observação da Terra, e em soluções de sustentabilidade, mobilidade e inteligência artificial – sem esquecer a componente da Defesa –, em que a utilização de recursos no domínio do espaço são essenciais.

Para os signatários, “este novo ecossistema procurará posicionar Guimarães na vanguarda da Nova Economia do Espaço, assumindo-se como um centro de competências interinstitucional, colaborativo e fortemente ancorado na inovação científica e tecnológica”.

A autarquia afirma que “a constituição do GSH resulta de uma visão estratégica partilhada entre os seus fundadores, que reconhecem no setor espacial um vetor decisivo de crescimento económico, de criação de emprego qualificado e de transição para uma economia mais verde e digital”.

“O Hub pretende ainda ser um facilitador do acesso à infraestrutura espacial por parte de empresas e centros de investigação, contribuindo para uma maior capacitação nacional neste domínio emergente”, adianta a Câmara.

CONSTELAÇÃO DO ATLÂNTICO

Na véspera da constituição formal do GSH, nas instalações do CEiiA, houve contactos com o presidente da ISU – International Space University, John G. Wensveen, com vista ao estabelecimento de uma possível colaboração futura que possa projetar o GSH à escala internacional e criar sinergias que aportem mais-valias significativas e com impacto para a associação.

O esforço de internacionalização do Hub tem vindo a ser realizado com contactos que pretendem tirar partido das dinâmicas no setor geradas no eixo Norte de Portugal-Galiza, bem como com parcerias com outras cidades, como é o caso do Protocolo de Cooperação para a Nova Economia do Espaço que Guimarães firmou com cidade espanhola de Valladolid, onde se encontra também a GEOSAT, empresa que lidera o consórcio da Constelação do Atlântico.

A Constelação do Atlântico é uma iniciativa ibérica que visa o desenvolvimento e operação de uma rede de satélites para observação da Terra, com aplicações nas áreas da gestão ambiental, prevenção de riscos naturais, agricultura e planeamento urbano. Trata-se de um projeto de grande relevância estratégica, com o potencial de colocar a Península Ibérica no centro da inovação espacial europeia.

A autarquia refere que a constituição da Associação GSH representa, assim, um “marco fundamental para a alavancagem de futuros projetos no domínio aeroespacial, afirmando Guimarães, e com ela a região Norte, como um território ambicioso, inovador e comprometido com as agendas do futuro”.

“Este é um passo sólido para que as entidades fundadoras do GSH reforcem o seu posicionamento como atores relevantes no panorama espacial nacional e internacional”, conclui a nota autárquica.

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