Ontem, pelas 13h00, o concelho de Vila Verde viu-se palco de um crime passional que deixou em choque o concelho e o país e para o qual se tenta encontrar explicações.
João Lopes, um taxista, matou a mulher, Isabel Martins, com uma arma de fogo, tendo depois acabado com a própria vida, conforme avançou o jornal O Vilaverdense.
Ao que tudo indica, o crime tem como origem os ciúmes, já que Isabel Martins, cansada do marido – que, alegadamente, era controlador – pediu o divórcio esta semana.
Na sequência desta decisão, João Lopes, que trabalhava no Pico de Regalados, muniu-se de uma arma de fogo e atacou a mulher. Usou, de seguida, a mesma arma para se matar, dentro de casa.
«MUITO DESCONFIADO»
Na terra, alguns dos habitantes ouvidos pelo jornal ‘O Vilaverdense’ falam em «ciúmes doentios. E não tinha qualquer razão, pois ela era uma mulher muito séria».
João Lopes era «muito desconfiado». Os relatos dão conta de um controle «excessivo». Quando a esposa começou a trabalhar num novo espaço comercial, na cidade de Braga, o homem ia levá-la, buscá-la e ficava «parado a vigiá-la».
Assim, Isabel Martins decidiu que estaria melhor sozinha, o que irritou o marido. «Na altura, temi que ele lhe fizesse mal, mas nunca pensei que chegasse ao ponto de a matar», diz, ainda, a mesma familiar da vítima.
Um habitante local lembra que, «ainda no namoro, ela mostrou vontade de terminar a relação, mas ele ameaçava que a matava».
Uma outra habitante apontou que «eram ciúmes doentios. Amava-a para além do possível».
MÃE ALERTOU PARA A TRAGÉDIA
A tragédia aconteceu esta sexta-feira, à hora do almoço.
O alerta foi dado pela mãe de Isabel Martins, que vivia com o casal. A idosa chamou os vizinhos, que contactaram as autoridades.
Para o local foram mobilizados a GNR e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do INEM, tendo depois sido acionada a Polícia Judiciária.
Os Bombeiros Voluntários de Vila Verde fizeram o transporte dos corpos para o Gabinete Médico-Legal e Forense do Cávado, onde serão autopsiados.
O casal tinha dois filhos, um homem e uma mulher, os dois emigrados na França e Suíça.
A Polícia Judiciária de Braga assumiu a investigação.
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