CRIMINALIDADE

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Criminalidade em geral caiu em Portugal em 2024, mas houve mais roubos de carros e de casas, mais assaltos a bancos e violações

A criminalidade em Portugal baixou em Portugal no ano de 2024, mas a criminalidade violenta e grave voltou a subir, segundo os dados provisórios do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), referentes ao ano transacto.

A criminalidade geral registou uma descida em Portugal. Houve menos 17 mil queixas do que em 2023.

Trata-se de um indicador positivo, mas contrasta com um indicador negativo: registaram-se 543 violações no ano passado, a esmagadora maioria de mulheres – é o número mais elevado da última década. Contas feitas, representa um aumento de 10% em relação a 2023.

Estes primeiros dados revelam ainda um aumento da criminalidade grave e violenta, incluindo a juvenil.

Houve duas mil ocorrências de crimes praticados por jovens entre os 12 e os 16 anos e sete mil participações de crimes praticados em grupo – episódios como os tumultos que duraram uma semana na Grande Lisboa, depois da morte de Odair Moniz.

O ano de 2024 regista também uma subida nas ocorrências criminais registadas em escolas ou junto aos estabelecimentos de ensino. Mas, por outro lado, crimes graves como a resistência e coação sobre funcionário e ofensa à integridade física grave diminuíram.

Crimes violentos que mais subiram em Portugal no ano passado:

  • roubos por esticão;
  • roubo de viaturas;
  • roubo em edifícios comerciais e industriais;
  • roubo a residências;
  • violações;
  • assaltos a bancos ou outros estabelecimentos de crédito.

Em relação às violações, o número de 2024 é o mais alto da última década. Foram registadas 543 violações, mais 49 do que em 2023. Em quase metade dos casos, o agressor mantinha uma relação de proximidade com a vítima.

Crimes graves que mais desceram em 2024:

  • resistência e coação sobre funcionário;
  • ofensa à integridade física grave;
  • roubo na via pública (exceto por esticão);
  • roubos a bombas de gasolina.

A criminalidade violenta e grave tem vindo a aumentar progressivamente desde a pandemia de covid-19, ao contrário da criminalidade geral que registou uma descida.

«O número total de participações criminais foi de quase 355 mil, menos cerca de 17 mil do que em 2023, o que corresponde a uma diminuição de mais de 5%», revelam os dados.

ovilaverdense@gmail.com

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