Aí está. Chegou o dia da Páscoa da Ressurreição de Jesus Cristo. É vivido no Minho inspirado numa multissecular tradição, que lhe confere um sentido distintivo e celebrativo ímpar.
Desde os primórdios, a Igreja promoveu a Bênção das Casas, em dias diferenciados segundo cada época e cada região, mas privilegiando o tempo pascal, numa referência à primeira Páscoa, e à providência de Deus assinalada nas soleiras do Egito.
Mais tarde, em plena Idade Média, esta forma ritual de bênção torna-se mais solene. A dimensão geográfica das paróquias e a suficiência de clérigos permitiam colocar a visitação e a bênção de todos os lares no próprio dia de Páscoa.
Tomou, por isso, o nome de Visita ou Compasso Pascal.
Em nossos dias, e pela estreita relação do único mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, celebrando ao longo do Tríduo Pascal, o grupo visitador é presidido pelo pároco (ou alguém por si delegado) e constituído por alguns membros da comunidade paroquial.
Conservando o rito de bênção das casas, inclui também um momento de oração comunitária e familiar, e termina como o ósculo da Santa Cruz, ou outro sinal de adoração.
Depois de, como os primeiros discípulos, anunciarem aos irmãos que o Senhor ressuscitou verdadeiramente e vive para sempre, o dia termina reunindo todos os grupos visitadores em solene e festiva procissão.
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