Depois da chuva, da neve e do vento esta segunda e terça-feira, o tempo de inverno vai continuar para lá da Páscoa. Com uma depressão marítima a tomar conta de Portugal, estão abertas para a passagem de várias tempestades, que nos vão afetar até pelo menos meio da próxima semana. A primeira que se aproxima, e que vai afetar toda a semana Santa, é tão forte que já ganhou direito a nome: Nélson. Além de chuva, tempestade promete trazer muito vento.
A Semana Santa, em que tradicionalmente muitos portugueses aproveitam para tirar uns dias de férias, será este ano de temporal, com a depressão Nelson a colocar todo o país (e os sorrisos) ‘a amarelo’, devido à chuva e vento intenso.
A Nélson vai fazer-se sentir esta quarta-feira. Tem uma frente alimentada por um rio atmosférico, com ar subtropical.
Se por um lado fará subir (muito ligeiramente) as temperaturas esta quinta-feira, por outro, o seu elevado nível de vapor de água (que trouxe desde zonas mais equatoriais e está a ganhar força devido ao calor dos últimos dias e às temperaturas da água do mar) vai causar chuva forte e intensa, com possíveis inundações.
Depois, na sexta-feira Santa, o frio volta, e em força, e a neve também. E a chuva, essa, veio para ficar. As frentes frias atlânticas vão continuar a suceder-se quer no fim de semana da Páscoa, quer no arranque da primeira semana de abril.
Para os próximos dias espera-se assim, em todo o território nacional, períodos de precipitação muito intensa, ondas que podem chegar aos 12 metros e rajadas de vento entre os 85 e os 100 km/hora.
ALERTAS
O agravamento das condições meteorológicas nos próximos dias, com chuva e vento forte, agitação marítima e queda de neve, levou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a alertar a população para medidas preventivas.
A ANEPC alerta que é expectável piso rodoviário escorregadio, devido à acumulação de gelo, neve e formação de lençóis de água, bem como queda de neve em áreas e altitudes “onde habitualmente não se verifica”.
Em comunicado, a proteção alertou igualmente para possíveis inundações “nos locais historicamente mais vulneráveis” e em zonas urbanas e recomendou à população medidas preventivas.
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