O deputado do PSD Rui Silva questionou o Ministro da Defesa sobre o Sistema Militar de Saúde, mostrando-se particularmente preocupado com a dívida de 14 milhões de euros do Instituto de Acção Social das Forças Armadas (IASFA) ao Hospital das Forças Armadas.
«Recolhemos informação de que o IASFA já informou o Hospital das Forças Armadas de que só disponibilizará cerca de 35 a 40% desse valor para amortizar a dívida, sem contar com o exercício de 2018», apontou.
Sublinhando que se trata de algo «que põe em causa a sustentabilidade do Hospital das Forças Armadas», Rui Silva questionou o Ministro Azeredo Lopes sobre que estratégias tem o Governo para garantir essa mesma sustentabilidade e se a abertura dos serviços do hospital das forças armadas aos utentes do Serviço Nacional de Saúde «será uma estratégia a ter em conta».
O deputado do PSD, actual presidente da Concelhia social-democrata de Vila Verde, perguntou também pela situação do Hospital Militar principal e do Hospital Militar de Belém, que foram cedidos à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e à Cruz Vermelha para instalação de uma unidade de cuidados continuados e paliativos.
Rui Silva lembrou que existe uma providência cautelar e uma petição na Assembleia da República a pedir o regresso dos dois edifícios à posse do Estado e questionou o Ministro sobre o estado do processo.
«Senhor Ministro, tem alguma previsão se essas duas entidades, Misericórdia e Cruz Vermelha, vão iniciar esses projectos e a construção dessa unidade de cuidados? Caso não o façam, prevê a reversão dessas unidades para o Exército», perguntou.
O parlamentar social-democrata destacou ainda que «outro problema é a fuga de médicos do Sistema Militar para o Serviço Nacional de Saúde e para o estrangeiro», perguntando a Azeredo Lopes que estratégias tem «para criar atractividade e fazer com que estes médicos se mantenham na carreira militar».
ACORDOS DE COMÉRCIO LIVRE
Foram aprovados por unanimidade dois acordos de comércio livre, um entre a União Europeia e o Japão e outro entre a União Europeia e Singapura, sobretudo direccionados para áreas da vinha, dos lacticínios (em especial o queijo) e da suinicultura.
Segundo Rui Silva, que foi nomeado relator de ambos, estes são acordos que permitirão reduzir as taxas alfandegárias e o proteccionismo à entrada de produtos da União Europeia nos dois países, o que o deputado considera «extremamente importante» e «em contra-ciclo com o que está a acontecer nos Estados Unidos».
«Só em taxas alfandegárias, os países da União Europeia pouparão cerca de um bilião de euros por ano», referiu.
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