Os deputados do PSD eleitos pelo distrito de Braga questionaram, este sábado, a ministra da Saúde sobre os critérios de priorização do plano de vacinação contra o covid-19. Os social-democratas “não entendem como Coimbra foi abrangida e Braga ficou de fora”.
“Sendo absolutamente compreensível que sejam seguidos critérios de natureza populacional, isto é, que seja seguida uma ordem de prioridade em função da dos locais com mais população, verifica-se, contudo, que o distrito de Coimbra, com uma população residente de 429.714 habitantes, dista muito significativamente da população do distrito de Braga, com uma população residente de 956.185 habitantes”, referem, os deputados.
“Aliás, verifica-se que o concelho de Braga, com uma população residente de 181.494 habitantes e o concelho de Guimarães com uma população residente de 158.124 habitantes é, qualquer deles, mais populoso que o concelho de Coimbra com uma população residente de 143.396 habitantes. Sendo que ambos os concelhos dispõem de unidades hospitalares universitárias, concretamente com ligação ao curso de Medicina da Universidade do Minho”, acrescentam.
Deste modo, os parlamentares do PSD requereram a Marta Temido esclarecimentos sobre “qual a razão da inclusão do distrito de Coimbra e respectiva unidade hospitalar (Centro Hospitalar Universitário de Coimbra) nos locais que primeiro receberão a vacina contra a covid-19, em detrimento de regiões mais populosas cujas unidades hospitalares servem uma população significativamente mais alargada”.
Por outro lado, “sendo eventualmente alegado argumento geográfico, designadamente a equidistância de Coimbra, porque não foi então incluído o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, situado em Faro, geograficamente mais distante de Lisboa e com potencial de cobertura aos profissionais de saúde das regiões do Alentejo e Algarve”, lê-se ainda, na pergunta dirigida à Ministra da Saúde, que tem como primeiro subscritor o deputado André Coelho Lima.
Recordam que chegaram este sábado a Portugal algumas das vacinas contra a Covid-19, “facto que unanimemente se reputa de essencial e decisivo para o combate à pandemia que tem assolado Portugal e o Mundo”.