A directora-geral da Saúde afirmou que a reabertura de parques infantis não era ainda recomendada, esclarecendo que são locais não considerados de abertura prioritária porque “encerram riscos”.
“Pela sua natureza estes parques são habitualmente não vigiados, são públicos e de utilização pública, têm equipamentos, mas não têm um concessionário responsável que permita a desinfecção regular e a limpeza. E também por serem crianças, muitas vezes não se consegue manter a distância social. Não consideramos prioritário, nem de longe, nem de perto, a abertura de parques infantis porque as crianças têm todo o ar livre para brincar”, disse Graça Freitas.
A responsável aproveitou para explicar que as crianças devem brincar no modelo de “bolhas familiares”, ou seja, que as brincadeiras decorram ao livre, porém, “sem cruzamento de risco com crianças de outros agregados familiares”.
“Isto também se aplica às festas de família e jantares e almoços. Vimos de casas diferentes, com riscos diferentes e realidades diferentes”, clarificou, durante a última conferência de imprensa marcada para esta semana.
MÁSCARAS
Na mesma reunião, os responsáveis foram confrontados com uma eventual obrigatoriedade do uso de máscaras na rua, como acontece, por exemplo, na Catalunha, questão à qual a ministra da Saúde respondeu.
“Tivemos muitos momentos de discussão sobre o tema das máscaras enquanto método barreira, mas não barreira definitiva, mas barreira complementar. Todos nós nos habituamos a utilizar a máscara nos momentos em que temos de o fazer. Há um conjunto de espaços onde em Portugal é obrigatório o uso de máscara e a não utilização faz incorrer os incumpridores numa coima e a impossibilidade de entrar em determinados espaços -comerciais e serviços – sem estar sem a máscara”, disse Marta Temido, acrescentando que, neste momento, essa não é uma hipótese em cima da mesa.