A Direcção-Geral de Saúde (DGS) considerou a posição do Centro Europeu de Controlo e Prevenção da Doença e passa a recomendar o uso de máscaras pela comunidade em locais públicos fechados. Ministra avisa, no entanto, que se trata apenas de uma medida adicional e que estas máscaras não devem ser usadas nem por doentes nem por profissionais de saúde.
A DGS vai publicar ainda esta segunda-feira uma informação sobre o uso de máscaras na comunidade, revelou Marta Temido, sublinhando alguns aspectos da norma.
“Existem três tipos de máscaras”, explicou, distinguindo “os respiradores, o que designamos como FFP2, ou seja, um equipamento individual de protecção destinado aos profissionais de saúde; as designadas máscaras cirúrgicas, um dispositivo que previne a transmissão de agentes infecciosos das pessoas que a utilizam para as restantes; e as máscaras não cirúrgicas, que também se podem designar máscaras comunitárias ou sociais.
Estes últimos “são dispositivos diferentes dos anteriores, não obedecem a normalização, podem ser de diferentes materiais (algodão, têxtil ou outros) e são destinados à população em geral”, vincou a ministra, acrescentando que estas máscaras não se destinam, em caso nenhum, a ser utilizados por profissionais de saúde ou pessoas doentes.
“Não são dispositivos certificados!”, acentuou.
Recordando que a DGS recomendou as máscaras cirúrgicas a todos os profissionais de saúde, pessoas com sintomas respiratórios, pessoas que entrem em instituições de saúde pessoas mais vulneráveis e alguns grupos profissionais, a ministra sinalizou as recentes recomendações do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, que apresentou “um conjunto de argumentos a favor e contra o uso das máscaras sociais”.
Assim, e tendo em conta “no princípio básico da precaução em saúde pública e face à ausência de efeitos adversos associados ao uso de máscara”, a norma da DGS refere que “pode ser considerada a sua utilizada a sua utilização por qualquer pessoa em espaços interiores fechados e com um elevado número de pessoas (transportes públicos, farmácias, espaços comerciais, etc)”.
“O uso de máscaras na comunidade constitui uma medida adicional suplementar às medidas já anteriormente recomendadas”, salvaguardou Marta Temido, referindo-se à lavagem das mãos, etiqueta respiratória e distância social.
A ministra lembrou ainda que a utilização deste tipo de equipamento deve ser meticulosa e sublinhou que será igualmente fornecida toda a informação sobre o uso correcto destes equipamentos.
Neste contexto, diversas entidades, designadamente o Infarmed, a ASAE, entre outros, concluirão esta segunda-feira a as normas técnicas para a utilização das máscaras sociais, partilhando-as depois com a indústria.
“Não queremos de todo em todo perder aquilo que foram os resultados adquiridos e temos que ponderar muito cautelosamente todos os passos que damos”, vincou.