Por JSD Vila Verde
No próximo dia 26 de maio de 2019, o país vai novamente a votos, desta feita, para eleger os deputados ao Parlamento Europeu.
Convém salientar que como jovens europeus, enfrentamos atualmente muitos desafios, que vão desde as alterações climáticas até mesmo à migração, sem contar com o crescente desenvolvimento tecnológico e as implicações do mesmo quer ao nível do emprego quer ao nível da privacidade e do impacto nas gerações futuras.
Sendo que é inegável que o futuro deste projeto europeu depende em muito de nós: a juventude.
Somos, sem sombra de dúvida, um dos grupos sociais que mais beneficiamos do projeto europeu e das vantagens que o mesmo trouxe quer para o desenvolvimento pessoal, quer profissional de cada um de nós, pelo que temos uma responsabilidade acrescida no que toca à hora de votar.
É comum utilizar-se o cliché de que os jovens não querem saber, de que nós jovens não nos importamos, não valorizamos a democracia e de que não nos debatemos por causas.
Porém, a esses críticos a memória cabe-lhes curta. Na verdade, quando o país se viu “à rasca” fomos nós os jovens que lutamos para sair da “bancarrota”, por criar alternativas, por olhar para fora da caixa e procurar mais longe, aquilo que mais perto não se alcançava.
A instabilidade do nosso país e a escassez de recursos obrigou-nos a expandir horizontes e encontrar novas, melhoradas e renovadas soluções para problemas já antigos: designadamente, a crise.
Fomos talvez a geração responsável pela maior revolução do mercado português nas últimas décadas e a que conduziu à sua maior internacionalização e valorização, incutindo valor acrescentado, qualidade e conhecimento aos nossos produtos e à maneira tradicional de fazer as coisas.
Fomos a geração do empreendedorismo, dos jovens empresários, jovens agricultores. Fomos a malta das Startup´s e da inovação. Fomos, somos e seremos o futuro do nosso país e da Europa.
Para alcançar tudo isto, contribuiu não só a garra e a irreverência que caracteriza o nosso ADN, como também o facto de pertencermos a uma comunidade alargada de intercâmbio e interajuda. A União Europeia.
O euro, o cartão de cidadão, o espaço Schengen, os apoios, os programas, os fundos comunitários, fazem hoje parte do nosso vocabulário quotidiano, e cabe-nos a nós trabalhar para que aí permaneçam, contribuindo ativamente para a construção deste projeto.
Sendo que, conforme os eventos recentes o demonstram, este projeto europeu não é um projeto irrevogável e o Brexit é um exemplo claro dessa realidade.
Por esse motivo, e porque acreditamos no projeto europeu, incentivamos a uma maior participação da população nas eleições europeias.
Não deixes que ninguém decida em que mundo queres viver. Vai as urnas, vota, participa e empresta a tua voz a uma causa. Assume a tua responsabilidade e vota, livre e conscientemente.
O teu voto faz a diferença.
Já provamos que quando nos unimos somos capazes, portanto, junta-te a nós e vem votar.
Todos juntos decidiremos a Europa em que queremos viver.