A proprietária de um terreno no Lugar da Devesa, em Gondiães, acusa a Junta de Freguesia de praticar «um crime ambiental» e de ter destruído, «sem autorização», algumas árvores e uma nascente de água para realizar o alargamento de um caminho.
«É uma situação inadmissível, porque a Junta de Freguesia está a realizar uma obra para beneficiar particulares e destruiu propriedade privada. Já foi apresentada queixa à GNR e ao Ministério Público», refere.
Acrescenta que, no âmbito da intervenção da autarquia, «foram destruídos alguns carvalhos, o ribeiro praticamente desapareceu e as águas contaminadas» com terra e destroços de árvores, criando um «enorme lamaçal» que escorre para o seu terreno.
«Uma nascente de água que caía na propriedade da minha família foi completamente arrasada», aponta.
Contactado pelo jornal “O Vilaverdense”, o presidente da Junta da União de Freguesias de Pico de Regalados, Gondiães e Mós, César Cerqueira, disse «desmentir categoricamente» que a obra tenha invadido qualquer propriedade sem autorização.
«Essa é uma obra de alargamento de um caminho público para terrenos devidamente autorizados pelos seus proprietários. Não abrange qualquer terreno particular que não esteja autorizado», referiu.
Segundo o autarca, a Junta de Freguesia «tem toda a documentação necessária», pelo que não teme quaisquer consequências da queixa apresentada.
«Será feita a ligação entre dois caminhos públicos, requalificando um local que precisava de intervenção. Obviamente, o objectivo é prestar um melhor serviço a toda a população», frisou.