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E se os partidos fossem financiados para reforçar o exercício da cidadania?

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Se o voto é o princípio activo da democracia e a abstenção o seu veneno; se os esforços da escola para educar para a cidadania não são, por si, só suficientes; e se a democracia tem custos, então por que não ajudar os partidos, através de acesso a financiamento para abrir, por exemplo, espaços de usufruto público nas suas sedes, uma estratégia de promoção do exercício da cidadania e combate à fuga ao voto? É nestes pressupostos que assenta a proposta de Paulo Sousa, mentor e dinamizador do Movimento Cidadania contra a Indiferença. Falando a título individual, explica que o que se pretende é que os partidos e os movimentos políticos possam, com recurso a linhas de financiamento “devidamente auditadas” renovar e transformar as suas sedes, não só em lugar de debate, mas igualmente em locais onde “o eleitor possa beber um café, ler os jornais, ver uma exposição ou comprar um livro”.

“O objectivo é de tornar tão normal ir à ‘A Brasileira’ [conhecido estabelecimento do centro de Braga] como ir beber um café à sede de um partido”, exemplifica ao PressMinho.

E se a criação destes espaços “vivos e de participação cívica” exige investimento para os tornar viáveis – “que os partidos queixam não ter” -, então por que não poderem recorrer a linhas de financiamento para este fim?”. A pergunta é retórica. “A democracia tem custos?  Então financiem-se estes investimentos, sem preconceitos, de forma transparente e auditada”, sublinha.

O antigo jornalista reconhece que a ideia é controversa. Mas está “tranquilo”. “Estou habituado a polémicas”, atira.

Paulo Sousa avisa que o combate à abstenção, passa também por “reformas estruturais” dos partidos.

“É preciso que os partidos e os agentes político reorganizem o seu processo de comunicação, a forma como chegam ao cidadão”, afirma. É aqui que entra a tal criação dos espaços de usufruto público nas instalações partidárias.

“Mas não basta”, alerta. “Os partidos têm ainda que repensar a sua organização interna, abrindo-se de maneira a não impedir a participação do eleitor”, não se transformando em “clubes de uns quantos”.

“Só com estas reformas, podem fomentar a literacia política”, sustenta, frisando a importância do tal financiamento para que os partidos “se abram”.

“A dois anos de comemorarmos os 50 anos de Democracia, “a sociedade civil está pronta para dar o seu contributo”, o Movimento de Cidadania Contra a Indiferença “fará o seu papel” e “estamos certos que cada partido fará o seu e assim, juntos, poderemos encontrar os mecanismos que tornem efectiva esta mudança que urge para revitalizar e fortalecer a Democracia portuguesa”, afirma.

 “Se a democracia tem custos, logo pague-se esta mudança de mecanismos”, remata.

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