A Adecco lançou o “Guia Salarial 2025”, onde analisa os setores mais bem pagos. Neste, destaca as tecnologias de informação, a banca, as finanças e os serviços partilhados, onde a remuneração pode chegar aos 154 mil euros anuais.
Quanto aos locais, Lisboa continua a cidade onde se pagam melhores salários, mas o Porto não fica muito atrás. O “Guia salarial 2025” aponta que, na tecnologia, funções como engenheiro de cloud atingem os 105 mil euros por ano e um consultor SAP chega a receber 98 mil euros por ano nas duas cidades.
«Já em funções mais técnicas ou operacionais, como support technician, os salários oscilam entre 17 mil euros e 35 mil euros por ano, enquanto um data analyst pode receber entre 21 mil euros e 40 mil euros por ano», diz a Adecco.
O cargo de diretor financeiro, conta com vencimento a variar entre 50 mil euros e 120 mil euros por ano em Lisboa. Pelo Porto, o máximo são 105 mil euros anuais.
Na banca, as funções de private banking rendem salários que variam entre 30 mil euros e 70 mil euros por ano, em Lisboa e no Porto, enquanto funções como corporate finance chegam aos 90 mil euros por ano na capital.
Nos serviços partilhados, um head of SSC/GBS pode receber 154 mil euros anuais em Lisboa e 110 mil euros no Porto.
«Lisboa continua a ser o centro onde se praticam os salários mais elevados, refletindo a procura por perfis especializados e com forte componente técnica. No entanto, o Porto está a aproximar-se gradualmente, fruto do crescimento dos shared services e de polos tecnológicos na região», afirma a Adecco.
Já o retalho, a hospitalidade e a construção «continuam a apresentar uma maior pressão sobre os salários de entrada», compara a empresa.
Quanto ao retalho, um national retail manager tem remunerações a variar entre 38.500 euros por ano e 57.200 euros por ano, enquanto um assistant store manager recebe entre 18.480 euros e 24.640 euros por ano, em Lisboa e no Porto.
Quanto ao turismo, um front office manager recebe entre 23.100 euros e 33.880 euros por ano, «sendo que os salários mais altos, como diretor F&B, podem chegar aos 73.920 euros por ano», destaca.
Na construção, um orçamentista consegue entre 21 mil euros por ano e 45 mil euros por ano e um diretor de obra pode chegar aos 65 mil euros por ano em Lisboa.
Nos recursos humanos, as diferenças entre funções são significativas. Um técnico de payroll recebe entre 19.600 euros e 35 mil euros por ano em Lisboa, enquanto um diretor de Recursos Humanos pode ganhar 110 mil euros por ano, sendo um dos salários mais expressivos em Portugal.
«É urgente repensar políticas de compensação e benefícios para garantir competitividade e atratividade junto das novas gerações», refere a Adecco.
Os salários não bastam. «Os profissionais procuram progressão, flexibilidade, inclusão e alinhamento com o propósito da organização», conclui a empresa de recursos humanos.
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