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Em 2024, Portugal gastou 70 milhões de euros em apostas online

A Renascença avança, esta manhã, com dados do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos que revelam que há mais de quatro milhões e meio de portugueses registados em plataformas de jogos online legais.

Ao todo, gastaram 70 milhões de euros por dia em 2024, tendo o Estado arrecadado mais de 300 milhões de impostos. Assim, os portugueses estão a gastar mais neste ramo.

Segundo a Renascença, este número é um recorde. Os operadores lucraram 1,1 mil milhões de euros, um aumento de 31% em relação a 2023.

Assim, o Estado, só no último trimestre de 2024, juntou 89 milhões de euros.

No entanto, isto não significa mais jogadores, analisa a Renascença. Os quatro milhões e meio de jogadores online registados em 2024 representam uma diminuição de 5% em relação a 2023.

Aumentou, no entanto, o valor investido pelos que já estavam registados.

Jogadores autoexcluídos

Este número aumentou. O número de, como o nome diz, jogadores que pedem para deixar de jogar para evitar a grave dependência, explica a Renascença.

O mecanismo permite afastarem-se do jogo por tempo indeterminado ou cancelamento do registo.

Assim, em 2024, registaram-se 293 mil jogadores autoexcluídos, mais 36% do que em 2023.

Os especialistas acreditam, assim, que as pessoas estão mais conscientes dos perigos do vício do jogo. A própria indústria, segundo a Renascença, tem tornado a autoexclusão mais acessível e visível.

Há, para isso, mecanismos nos jogos, como uma ferramenta que permite gerir o dinheiro que vai apostar, de modo a evitar exageros. Isto não existe nas plataformas ilegais, repara a Renascença.

Jogos ilegais

Em 2024, segundo a Renascença, foram encerrados mais de 2.200 sites de apostas ilegais.

A associação de apostas e jogo online, em representação das plataformas licenciadas, pediu ao Banco de Portugal para bloquear pagamentos a sites ilegais através do Multibanco ou o MBWay.

A denúncia foi feita na Renascença em dezembro de 2024. O Banco de Portugal disse não ter essa competência mas, depois do aumento de influencers e figuras públicas a publicitar os sites ilegais, o regulador já admite a possibilidade.

Poderá fazê-lo ao notificar as instituições bancárias para que bloqueiem as transações com sites e aplicações ilegais.

ovilaverdense@gmail.com

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