Com nove votos contra, da oposição PS e BE, e três abstenções, a assembleia municipal de Vila Verde aprovou, na última noite, o relatório de atividades e a conta de gerência do ano de 2023. «Um ano recorde a todos os níveis», referiu a presidente da câmara municipal de Vila Verde, no decurso da apresentação, salientando o aumento da execução para 76%, tendo subido o investimento em 6,5 milhões no último ano.
A autarquia apresentou capitais próprios, atualmente, próximos dos 60 milhões de euros.
De acordo com o relatório da Prestação de Contas, o Município de Vila Verde teve em 2023 uma despesa global de 43.679.240 euros, o que corresponde a mais quase 6,5 milhões de euros em relação ao ano anterior. A taxa de execução subiu também dos cerca de 70% (71% em 2022 e 70% em 2021) para os 76%.
No ponto principal da ordem de trabalhos da última noite, o PS fez uma leitura diferente, salientado a fraca receita em comparação com a despesa, tendo justificado o saldo de gerência como previsão de fundos comunitários futuros. «Fatos e números concretos», referiu o líder da bancada socialista, Filipe Silva.
«O saldo de gerência existe de fato», retorquiu Júlia Fernandes, observando que «o saldo de gerência é caixa que nos permite continuar a investir e a projetar investimentos sem recorrer aos 20 milhões de euros de capacidade de endividamento que possuímos».
A autarca sublinhou, a propósito, a redução da dívida em cerca de mais de 2,5 milhões de euros, tendo passado de pouco mais de 13,7 milhões de euros para um pouco acima dos 11 milhões de euros.
Sobre o tema, o Bloco de Esquerda (pelo deputado Ricardo Cerqueira), que se absteve, partilhou algumas preocupações sobre as áreas da cultura – «falta investimento futuro» -, educação – «contra a entrega de serviços a terceiros», nomeando o caso das AEC´s -, habitação – «pressão e falta de oferta pública» – e rede viária, «é urgente mudar o paradigma e apostar nos transportes coletivos».
Numa assembleia municipal extensa, coube a Manuel Barros – da bancada do PSD – ocupar a maior intervenção da noite com devolução de ‘galhardetes’ ao power-point do PS e a tecer elogios ao relatório «recorde» da maioria laranja na autarquia.
«O PS ainda não percebeu que estamos a mudar de paradigma», referiu.
Numa maratona política que durou até cerca das 2h00, coube ainda o pingue-pongue sobre a abertura do concurso público internacional para prestação de serviços públicos para recolha de resíduos sólidos urbanos no concelho de Vila Verde.
Uma proposta aprovada por maioria, com 12 votos contra.
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