A broa caseira é uma tradição do grupo da Ramalha, servindo para, no regresso ao lugar, ajudar a acompanhar os petiscos e o vinho no final de cada corso, onde, por entre comida e animação, se junta sempre muita gente.
Desde os princípios do desfile, Maria de Laura Amorim Pinto, com 82 anos, é quem se ocupa de cozer o pão.
Perdida a contabilizar o número de broas que já levou ao forno, esta habitante da Ramalha diz fazer isto “desde o início do Carnaval de Prado”, preparando, actualmente, 4 masseiras de farinha.
Maria Laura, a viver ali há 62 anos, conta com a ajuda das filhas.
“Foi aqui que tudo começou”
Falar no Carnaval da Vila de Prado é, obrigatoriamente, falar no lugar da Ramalha.
“Foi aqui que tudo começou”, informou aquela pradense, matriarca da família Braga, os primeiros impulsionadores da iniciativa.
“Isto começou, há mais de 20 anos, numa brincadeira com “meia dúzia de foliões daqui. Iam até ao centro dar 4 saltos e regressavam”, recordou.
“Grupo foi crescendo e outros lugares associaram-se”
“Ano após ano, o nosso grupo foi crescendo e, depois, juntou-se o pessoal dos Carvalhinhos e, mais tarde, o lugar das Mimosas, fazendo com que este Carnaval tenha cada vez um maior número de participantes, sendo hoje uma referência na região”, explicou.
Considerado um dos grandes eventos da Vila de Prado, no próximo dia 04 de março o desfile sai à rua.
Ao final da tarde, após terem deixado o centro da Vila pintado de cor e cheio de alegria, cada grupo regressa ao seu lugar para um momento de confraternização.
E, na Ramalha, o cheiro e o sabor do pão ainda quente, preparado com o saber da mulher de sempre, ajudará a saciar os participantes e todos quantos queiram por ali aparecer.
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Por Emílio Costa (CO 1179)
