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Empresário de Braga e outros dois detidos na Madeira começam a ser ouvidos no sábado

O interrogatório aos três detidos na quarta-feira por suspeitas de corrupção na Madeira vai começar no sábado às 10h00, em Lisboa, depois de já terem sido identificados. Os detidos são o presidente da Câmara do Funchal e dois empresários, um deles o bracarense Custódio Correia, da empresa Socicorreia.

Em declarações aos jornalistas à saída do tribunal, Raul Soares da Viega, advogado de Avelino Farinha, um dos empresários detidos, disse que o seu cliente “foi apanhado de surpresa”, mas irá responder a tudo.

“Vai responder. Deixar tudo claríssimo, para não haver nenhum equívoco. Vai-se ver que aquilo que parece não é”, disse Raul Soares da Veiga à saída do Tribunal Central de Investigação e Ação Penal, no Campus de Justiça, no Parque das Nações, em Lisboa.

O advogado disse ainda que a identificação dos três suspeitos decorreu esta sexta-feira de manhã e que os interrogatórios iniciam-se no sábado, às 10h00.

Os advogados dos suspeitos saíram ao mesmo tempo do tribunal, mas apenas Raul Soares da Veiga prestou declarações aos jornalistas.

Paulo Sá e Cunha, advogado do presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, e André Navarro de Noronha, que defende o empresário Custódio Correia, não quiseram falar à saída do tribunal.

Na quarta-feira, na sequência de cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias efetuadas pela PJ sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em vários zonas do continente, foram detidos o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), o líder do grupo de construção AFA, Avelino Farinha, e o CEO e principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia, Custódio Correia, que é sócio de Avelino Farinha em várias empresas, segundo disse à Lusa fonte da investigação.

No âmbito deste processo, foi ainda constituído arguido o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD).

De acordo com a Polícia Judiciária, nesta operação estão em causa suspeitas dos crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.

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