Os empresários do Minho, associados da AE Minho, pedem aos novos eleitos para colocarem a estabilidade de Portugal em primeiro lugar. A Associação deixa as suas preocupações em comunicado.
Na leitura dos resultados eleitorais do passado dia 10 de março, “conjugados com as notícias que têm vindo a público sobre os diversos posicionamentos das forças políticas envolvidas neste processo”, a Associação Empresarial do Minho entende que “é essencial que se tenham em consideração fatores relevantes e decisivos para o futuro do país e da economia”.
A Associação defende que “em democracia a vontade é expressa pelo voto” e, por isso, “é imperativo respeitar a distribuição de votos e a correlação de forças resultantes, garantindo que todas sejam devidamente consideradas”.
Vinca, ainda, que “em democracia pretende-se que ninguém seja ignorado”, pelo que “todas as forças partidárias envolvidas na cena política do país têm a obrigação constitucional e moral de assim agir, no estrito respeito pelos resultados eleitorais que são o espelho da vontade do povo português”.
“O país atravessa um momento crucial para o futuro da sua economia”, destaca a AEMinho.
“É importante que todos entendam que a estabilidade e viabilidade governativa são hoje, mais do que nunca, vitais para garantir o crescimento económico que almejamos, com a criação das condições necessárias para manter e aumentar a atratividade para o investimento externo, a criação de riqueza que são o único caminho para garantir melhores salários e melhores condições de vida.”
Pode ainda ler-se que, “não obstante “à emergência económica que pode resultar de uma eventual estagnação governativa”, a Associação pensa que “existem problemas estruturais no país que carecem de resposta rápida, assertiva e eficiente”.
Aqui, refere “a saúde, a educação, a justiça e a assistência social, pilares fundamentais de qualquer sociedade contemporânea e progressista” e que “estão num estado de decadência flagrante, configurando um cenário de emergência nacional”.
A AEMinho alerta que “as intervenções nestas áreas pecarão já, amanhã, por tardias e não podem estar sujeitas a jogos partidários”. Por isso, “hoje, o interesse nacional tem de prevalecer”. “Este é o tempo da responsabilidade, da cooperação e do sentido de estado.
Todos os deputados eleitos o devem aos portugueses, sem exceções. Esta não é a história do político “a” ou “b”, do partido “x” ou “y”. Esta é a história de um parlamento, democraticamente eleito, com uma tendência clara para promover a diversidade, o consenso e a união”, refere.
Desta forma, termina com apelo “a todas as forças políticas que reflitam sobre o seu papel, resultante das eleições, no quadro democrático do país e que ponham os interesses de Portugal à frente dos seus próprios”.
Ainda que “este seja um novo cenário, ele não deve gerar alianças negativas, mas antes consensos que esse novo quadro impõe”. Para a Associação, “desempenhar um cargo público eletivo é exatamente entender que o caminho quem dita são os eleitores, mesmo quando não representa o nosso ponto de partida”.
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