De acordo com uma estimativa do Conselho Norueguês dos Produtos do Mar (NSC), os portugueses vão continuar a consumir entre quatro a cinco toneladas de bacalhau no Natal, sobretudo da Noruega.
Dando nota de que esta será «a última iguaria a ser sacrificada», não se espera uma alteração face aos anos anteriores no que diz respeito ao consumo deste produto.
«Estimamos que o consumo de bacalhau na época natalícia, em termos de volume, não se altere face aos anos anteriores. Se os portugueses tiverem que sacrificar alguma das iguarias que costumam ter na mesa de Natal, o bacalhau será o último a ser sacrificado», referiu o o director para Portugal do NSC, Trond Rismo, em resposta à Lusa.
Desta feita, é expectável um consumo entre quatro a cinco toneladas de bacalhau na véspera de Natal, sendo que perto de 70% é proveniente da Noruega.
«Apesar dos tempos difíceis, os portugueses não abrem mão do seu fiel amigo no Natal. Após algumas conversas com os lojistas, os comentários são bastante positivos em relação ao volume de bacalhau vendido desde o início de Dezembro nos supermercados portugueses», vincou Trond Rismo.
Com base no NSC, Portugal apresenta-se como o quinto maior mercado de exportação dos produtos do mar noruegueses e, apesar da escalada de preços, os consumidores deverão continuar a comprar este peixe no próximo ano.
«Em 2022, os portugueses compraram bacalhau principalmente nos grandes supermercados (46,6%), sendo as mercearias responsáveis por 7% das vendas, os pequenos supermercados por 22,4% e os hipermercados por 23,9%», apontou o director para Portugal do NSC.
De recordar que o consumo de bacalhau no mês de Dezembro representa cerca de 25% do total.