«Orgulhoso» pelo 9º lugar no ranking nacional do ensino profissional, o Director-Geral da Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV) aponta à redução dos níveis de insucesso e abandono escolar, que já estão abaixo da média nacional, para que a escola se assuma como uma das melhores do país.
A intenção de João Luís Nogueira foi expressa esta segunda-feira, em conferência de imprensa, num momento que serviu para abordar a estratégia da EPATV para o futuro, «no sentido de oferecer a melhor qualidade de ensino/formação».
«É importante realçar aquilo que se faz de bom. Para nós, é imperativo sublinhar as boas práticas da escola e é um grande orgulho vermos o 9º lugar que ocupamos entre 568 escolas do país. Obviamente, é algo que temos que valorizar, porque tem grande valor social», vincou.
Segundo João Luís Nogueira, a EPATV teve uma taxa de 6% de alunos que abandonaram o ensino e 5% de insucesso.
«O insucesso significa que o aluno não conseguiu concluir a sua formação nos três anos. Pode ser porque mudaram de escola/de curso ou porque não conseguiram mesmo concluir, deixando módulos em atraso», explicou.
Embora estes sejam números «claramente abaixo da média nacional, que é de 33%», a EPATV pretende diminuir a percentagem de abandono e insucesso escolar, através de uma melhoria contínua da qualidade da formação e das condições de aprendizagem.
CRÍTICAS À CÂMARA
João Luís Nogueira deixou críticas à Câmara de Vila Verde pelo facto de a Escola Profissional Amar Terra Verde não integrar o Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar, promovido pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado.
«Pedimos a adesão, mas fomos excluídos. Bem sei que não precisamos do dinheiro, mas toda a gente precisa de ter boas práticas. Aquilo que pretendia é que os alunos da EPATV participassem nas actividades existentes», apontou.
O Director-Geral disse que «não há justificação para que isso não aconteça», sendo esta «claramente uma decisão política», porque «o regulamento diz claramente que os alunos do ensino profissional podem participar nas actividades do Plano».
«O senhor presidente da Câmara está distraído ou não está sensível para que todas as escolas, públicas e privadas, possam trabalhar em conjunto no sentido de combater este flagelo. A EPATV não pode ser tratada pela relação de amizade que o seu Director tenha com os políticos», apontou.
VEREADORA JÚLIA FERNANDES REAGE
Numa curta reacção, em declarações aos jornalistas, a vereadora da Educação da Câmara de Vila Verde, Júlia Fernandes, disse que este é um projecto supramunicipal e o que foi definido «é que as escolas privadas não são elegíveis» no programa.
Assegurou ainda ter transmitido à Direcção da escola a possibilidade de integrar, «caso haja possibilidade», os alunos da EPATV nas actividades, mas referiu que os alunos da profissional «não se enquadram» nos três projectos actualmente em curso no âmbito deste Plano, que são sobretudo vocacionados para alunos com idades mais baixas.