Os escritórios da Savannah Resources, em Carreira da Lebre, Boticas, foram outra vez atacados na madrugada de quinta-feira, tendo a empresa informado esta sexta-feira que já entregou as imagens de videovigilância às autoridades.
A informação do ocorrido chegou à agência Lusa via correio eletrónico, assinado por quem alegadamente reivindica estes atos, um grupo de cidadãos anónimos, que se autodescreve como sendo integrado por “pessoas solidárias com a população residente na região do Barroso”, e que afirmou que “entrou, na madrugada de dia 19, nos escritórios da Savannah Resources, em Carreira da Lebre, Boticas”.
Segundo os próprios, danificaram os veículos da empresa britânica e pintaram a fachada de vermelho e escreveu a frase: “NÃO À MINA”.
Contactada esta sexta-feira, a empresa confirmou a situação de vandalismo e adiantou, numa resposta também via correio eletrónico, que “os sistemas de segurança da Savannah permitiram a recolha de imagens nítidas do ato criminoso ocorrido esta semana, perpetrado por quatro indivíduos na zona da Carreira da Lebre”.
As imagens, disse a Savannah, já foram entregues às autoridades, mais especificamente ao Núcleo de Investigação Criminal da Guarda Nacional Republicana (GNR), para ajudar a identificar os responsáveis o mais breve possível.
“Tal como no caso anterior em que já foram constituídos arguidos, acreditamos na atuação firme da justiça (…)”, mais disse a empresa, lembrando uma ocorrência idêntica há quase três meses.
A Lusa contactou a GNR distrital de Vila Real, que confirmou estar a investigar. As autoridades têm registo de vandalismo com pinturas e pneus de máquinas foram furados.
Este é o segundo caso semelhante que ocorre desde 3 de abril. “Reiteramos que estes atos de vandalismo não nos afastam do nosso compromisso. Os trabalhos das equipas da Savannah continuam a decorrer com total normalidade”, sublinhou a empresa na mesma nota escrita.
A Savannah quer explorar lítio na área de Covas do Barroso, no norte do distrito de Vila Real, mas a mina é contestada por populares, autarcas e ambientalistas.
Em fevereiro, os trabalhos de prospeção estiveram suspensos durante 15 dias em Covas do Barroso, em consequência de uma providência cautela.
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