É o avançar da discussão científica para uma Estratégia Nacional de Monitorização da Saúde do Solo. A Universidade do Minho recebe esta quinta-feira, dia 20, um workshop com meia centena de cientistas e decisores nacionais para evidenciar como a investigação pode contribuir nas políticas públicas do solo, apoiando a segurança alimentar, a exploração e gestão de recursos naturais, o desenvolvimento económico-social e a sustentabilidade ambiental.
A futura estratégia nacional neste setor deverá também acompanhar a Diretiva Europeia sobre Monitorização e Resiliência do Solo, a qual está atualmente em discussão entre a Comissão, o Conselho e o Parlamento Europeu, prevendo-se que entre em vigor este ano.
A sessão na UMinho enquadra-se ainda nos objetivos do novo Observatório Nacional do Solo, que visa ser o provedor de dados de referência do território português sobre a saúde do solo.
O workshop “Estratégia Nacional de Monitorização da Saúde do Solo – Contributos da Comunidade Científica” inicia-se esta quinta-feira pelas 09h00, no auditório B1 do campus de Gualtar, em Braga.
O programa inclui vários grupos de discussão e as conclusões dos trabalhos vão ser conhecidas pelas 17h00. O evento é coorganizado pelo Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Escola de Ciências da UMinho, pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), pela Universidade de Coimbra (UC), pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), pela Parceria Portuguesa para o Solo e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Entre os participantes estão Teresa Pinto Correia, vice-presidente do Mission Board on Soil Health and Food da União Europeia e coordenadora do laboratório associado CHANGE – Instituto para as Alterações Globais e Sustentabilidade, bem como André Trindade, Cláudia Sá e Maísa Oliveira, representantes da DGADR, e os investigadores Carlos Guerra (UC), Sofia Costa (CBMA) e Concha Cano Diaz (IPVC), do projeto científico SoilRecon, entre outros.
A iniciativa junta igualmente responsáveis de empresas agrícolas e florestais, de cooperativas e associações do setor primário, de consultoras e da administração pública.
“A monitorização do solo está a ganhar relevância política, ambiental e científica na sociedade portuguesa, procurando responder a desafios como a agropecuária, a gestão de recursos e as alterações climáticas. Acreditamos que este workshop vai permitir o debate e a reflexão de forma aprofundada, contribuindo com testemunhos valiosos da ciência, do ensino superior e de outros parceiros para reforçar as políticas públicas neste âmbito”, considera Sofia Costa, que está também na coorganização do evento.