O líder do partido Ergue-te, o ex-juiz Rui Fonseca e Castro, foi detido esta sexta-feira pela PSP no Largo de São Domingos, em Lisboa, após uma concentração de apoiantes da extrema-direita não autorizada.
Antes da detenção, a PSP avisou o ex-juiz de que estava a incorrer num crime de desobediência. Momentos depois, Fonseca e Castro acabou por se entregar, criando momentos de tensão, o que exigiu a intervenção do dispositivo policial para conter a agitação.
Mais de uma centena de apoiantes de grupos de extrema-direita como o Habeas Corpus e o 1143 gritaram: “prendem um, prendem todos”.
O partido Ergue-te e o movimento Habeas Corpus, com o apoio do grupo de extrema-direita 1143, anunciaram uma manifestação com “porco no espeto” no Martim Moniz, a partir das 15h00 desta sexta-feira, feriado do dia 25 de Abril de 1974 – Revolução dos Cravos. A PSP deu um parecer negativo à realização desta ação e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) seguiu a recomendação e a avaliação da PSP e não deu aval à realização das iniciativas de movimentos de extrema-direita marcadas para o Martim Moniz.
Mesmo existindo um parecer negativo da PSP e sem aval da CML, o presidente do Ergue-te, Rui Fonseca e Castro, garantiu na quinta-feira, num vídeo partilhado nas redes sociais, que o partido se iria manifestar esta sexta-feira no Martim Moniz, a partir das 15:00, “para uma festa da família portuguesa, para uma celebração da portugalidade, mas sobretudo para uma demonstração de civilidade e de irmandade”.
No vídeo publicado em canais públicos do Ergue-te, anterior Partido Nacional Renovador (PNR), e partilhado por movimentos de extrema-direita, como o 1143, Fonseca e Castro defendeu que se trata de “um evento organizado por um partido político”, inserido na campanha para as eleições legislativas de 18 de maio, e, por isso, “não pode ser proibido”.