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Falta de água. Câmara fala em «aumento brutal dos consumos» e pede moderação no uso de água

A Câmara de Vila Verde confirmou, esta sexta-feira, problemas no abastecimento de água no Concelho, justificando a situação com um «aumento brutal dos consumos», pelo que pede à população o «consumo moderado» deste recurso.

O comunicado da autarquia surge face às muitas queixas que se têm ouvido nos últimos dias relacionadas com a falta de água, situação que acontece em praticamente todo o Concelho.

No texto, o Município sublinha que «as condições climatéricas adversas», o «combate aos incêndios» e a utilização deste bem essencial para «outros fins como a rega de jardins, o enchimento de piscinas, entre outros» levaram a que houvesse um «aumento brutal dos consumos», algo que originou «picos de consumo anormais e muito acima do esperado».

Na mesma nota, a autarquia justifica ainda que «assim, conforme facilmente se compreende, esta elevada procura, ao longo de vários dias consecutivos, não permite a reposição integral da capacidade de água nos reservatórios, razão pela qual a quantidade armazenada não gera o peso necessário para manter a pressão habitual nas condutas».

«Esta circunstância leva a quebras severas da pressão, ou até à existência de falhas pontuais no serviço regular de abastecimento, em especial nas zonas mais elevadas do Concelho», aponta.

A autarquia apela a um «consumo moderado» por parte da população e assegura estar empenhada «na melhoria da resposta a esta situação de consumos elevados procurando conferir uma maior estabilidade às redes» para poder fazer face a pico elevados de consumo.

COMUNICADO NA ÍNTEGRA

«As condições climatéricas adversas em resultado das elevadas temperaturas que se têm feito sentir ao longo dos últimos dias induziram nos consumidores uma maior propensão para o consumo de água. Esta circunstância ditou um aumento brutal dos consumos, os quais passaram de uma média diária na ordem dos 90 litros para os 150 litros por habitante/dia.

A água é um bem essencial que só deve ser usado para fins estritamente ligados ao consumo doméstico. Verifica-se, no entanto, que muitos consumidores ainda usam este bem imprescindível para outros fins como, a rega de jardins, o enchimento de piscinas, a rega de hortas, a lavagem de carros, a limpeza dos passeios, etc.

A conjugação destes fatores, aos quais acresce o combate a incêndios, tem originado picos de consumo anormais e muito acima do esperado. Assim, conforme facilmente se compreende, esta elevada procura, ao longo de vários dias consecutivos, não permite a reposição integral da capacidade de água nos reservatórios, razão pela qual a quantidade armazenada não gera o peso necessário para manter a pressão habitual nas condutas. Esta circunstância leva a quebras severas da pressão, ou até, à existência de falhas pontuais no serviço regular de abastecimento, em especial nas zonas mais elevadas do concelho.

Apesar dos investimentos realizados, nos últimos anos, no reforço das captações, no aumento de caudais e dos esforços que estão a ser realizados com todos os técnicos e operacionais no terreno, assim como equipas externas no sentido de repor a normalidade no abastecimento e promover um controlo das redes com instalação de equipamento e sistemas eletrónicos de gestão, não tem sido possível até ao momento satisfazer os altos níveis de consumo.

Por estas razões, apelamos a todos os munícipes que, dentro do sentido de responsabilidade que os carateriza, procedam a um consumo moderado para que possamos usufruir do acesso a este bem público essencial para todos nós.

Pela nossa parte reafirmamos o nosso empenho na melhoria da resposta a esta situação de consumos elevados procurando conferir uma maior estabilidade às redes de modo a obtermos uma melhoria na resposta a estes picos mais elevados de consumo que ultimamente se têm registado».

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