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Falta de materiais e mão-de-obra obriga Câmara de Viana a parar obras de 4,6 milhões de euros

O concelho de Viana do Castelo viu-se obrigado a parar empreitadas no valor global de 4,6 milhões de euros devido a atrasos ou falta de materiais e ausência de mão-de-obra especializada devido à pandemia de covid-19.

A câmara municipal vianense aprovou, por unanimidade, a prorrogação de quatro empreitadas a pedido das empresas, relacionadas com a beneficiação de redes abastecimento de águas e saneamento básico e regeneração urbana, com as empresas a pedir mais 150 dias para concluir os trabalhos.

A Viana e a Vila Nova de Gaia, que suspendeu igualmente as suas obras públicas, juntou-se agora o Porto, anunciou autarquia portuense em comunicado.

Situação semelhante é relatada pela vice-presidente da empresa municipal GO Porto – Gestão e Obras do Porto, ao anunciar o adiamento da abertura do Cinema Batalha para Setembro. Cátia Meirinhos, citada no comunicado da autarquia, salienta que esta fase “está verdadeiramente crítica, pois não há prazos de entregas de materiais e os valores continuam instáveis e a subir”.

Segundo aquela responsável, além da falta de vidro, alumínio ou ferro, houve também “uma falha na entrega dos contraplacados ignífugos, supostamente assegurados desde o início da obra, não havendo nova produção de perfis e acessórios em cobre, material existente nos corrimãos, puxadores e em alguma sinalética”.

“Actualmente, subempreiteiros e fornecedores não garantem entregas, nem prazos, nem preço”, nota, acrescentando que tal implicou uma redução na mão-de-obra que chegou a rondar os 100 a 150 trabalhadores e que agora se fixa em 20 a 30 pessoas.

Aos constrangimentos da obra, juntaram-se os “efeitos da pandemia”, que, “continua a afectar gravemente o normal desenvolvimento dos trabalhos”.

Já no dia 10 de Janeiro, o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, já tinha dito aos jornalistas que o aumento “brutal” do preço das matérias-primas fez com que, num intervalo de 15 dias, parassem duas obras no concelho.

Segundo o autarca gaiense, dado o aumento dos preços, entre ter prejuízo e abdicar da obra, os empreiteiros optam pela segunda opção.

“Os preços das empreitadas hoje em curso foram estabelecidos há dois ou três anos e, portanto, o que custava 100 euros à data custa hoje 120 ou 130 euros”, vincou.

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