Na sequência de denúncias da população de Pedome, em Vila Nova de Famalicão, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre as descargas poluentes no Rio Ave e pede “uma punição exemplar” para os responsáveis pelo atentado ambiental.
Segundo as informações prestadas pela população, a origem da descarga poluente será industrial e proveniente de uma empresa localizada na Rua Caminho Real, na freguesia de Pedome. As imagens, remetidas pelo BE, revelam uma descarga direta para o Ave, “proveniente da empresa, em tons azulados e aparenta a formação de espuma”.
O Bloco considera “urgente a ação de inspeção sobre o acontecido e “uma punição exemplar para os responsáveis por este atentado”.
“Para além desta atitude reativa, é necessário, igualmente, garantir uma fiscalização apropriada para que estas descargas não se repitam”, escrevem os bloquistas na pergunta endereçada à ministra do Ambiente e Energia, através do Parlamento.
O BE quer ainda saber se Maria da Graça Carvalho tem conhecimento da situação, e que “medidas tomará o ministério para averiguar a situação descrita e punir os responsáveis”.
No documento enviado ao Governo, o partido pretende saber que medidas de fiscalização serão realizadas para garantir que esta situação não se repita.
O rio Ave estende-se por cerca de 85 quilómetros, desde a sua nascente na serra da Cabreira, em Vieira do Minho, até à foz no oceano Atlântico, em Vila do Conde. Entre a nascente e a foz, atravessa os concelhos da Póvoa de Lanhoso, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Trofa. A sua bacia hidrográfica abrange um conjunto vasto de rios e ribeiras entre os quais se destacam, pela sua dimensão, os rios Vizela, Este e Pele.
“Ao longo das margens do rio Ave e seus afluentes, encontra-se um valioso património natural, arquitetónico, histórico e cultural que importa valorizar, recuperar e preservar”, refere o BE.