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Famalicão recupera mais de 20 quilómetros de zonas ribeirinhas da Bacia do Ave 

Arrancaram esta segunda-feira em Famalicão as obras de recuperação e valorização hidrográfica da Bacia do Ave. Ao todo são mais de 20 quilómetros de zonas ribeirinhas que a população pode desfrutar no final do ano.

O primeiro rio a ser intervencionado é o Pelhe, mas os trabalhos chegam ao rio Ave e Guisande e ao ribeiro de Beleco, em Ribeirão.

“Vamos criar percursos pedonais, plantar mais de 10 mil árvores nas zonas ribeirinhas, tratar dos rios, renaturalizando-os, ou seja, estamos a olhar para os nossos rios para que possamos devolver este património natural tão importante aos famalicenses”, disse esta segunda-feira o presidente da autarquia, Mário Passos, que se fez acompanhar pelo vereador do Ambiente, Hélder Pereira, e pelo vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado.

O projecto prevê a renaturalização de ribeiras em espaço urbano, sobretudo com a estabilização do seu leito; a estabilização das margens e a beneficiação de habitat para espécies ribeirinhas em domínio hídrico; a melhoria das condições de escoamento e desobstrução da rede hidrográfica; a mitigação dos efeitos das cheias; a reabilitação de infra-estruturas degradadas, a contenção de espécies invasoras e o reforço dos sistemas de monitorização da qualidade da água.

José Pimenta Machado fala num projecto “muito ambicioso, mas também muito importante”. O representante da APA lembrou ainda que “mais gente a desfrutar das zonas ribeirinhas é também sinónimo de mais gente a vigiar e a cuidar dos rios”.

A esse propósito, Mário Passos acrescentou ainda que a autarquia famalicense e a APA estão a desenvolver esforços para que haja uma maior vigilância dos rios que atravessam o concelho.

A intervenção resulta de uma candidatura no valor de 1.2 milhões de euros e abrange uma extensão total de cerca de 20 quilómetros, atravessando zonas agrícolas/florestais e aglomerados urbanos, com incidência nas freguesias de Ribeirão, Fradelos, Lousado, UF de Vila Nova de Famalicão e Calendário, UF de Esmeriz e Cabeçudos e UF de Arnoso e Sezures.

A candidatura foi apresentada em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e é financiada pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020), no montante de 1.285.283,60 euros, dos quais 1.284.990,00 são provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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