ALERTA (Vila Verde)

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Família de Prado S. Miguel ‘obrigada’ a sair de casa perante ameaça de nova derrocada

Depois de um susto enorme, de prejuízos avultados, de horas de limpeza e noites quase sem dormir, uma família de Prado S. Miguel, Vila Verde, está com o coração nas mãos e ‘obrigada’ a deixar a casa onde habita nas próximas horas.

São ainda as consequências do ‘dilúvio / rio atmosférico’ da passada sexta-feira, que fez arrastar pedras, lama e entulho pela habitação que arrendaram na Rua da Presa, junto aos depósitos de água, no alto da freguesia. Pior ainda é que o deslizamento das terras poderá ter sido provocado pela fragilização do terreno do monte contíguo no passado Verão, altura em que os proprietários resolveram cortar uma série de eucaliptos.

O casal e um filho tiveram uma noite de sexta-feira «aflitiva» e «sem dormir», com a casa inundada por pedras e entulho, além da lama e da muita água que deslizou monte abaixo, levando – à sua frente – um muro de suporte e tudo o que surgiu no caminho.

«Um grande susto» e «um avultado prejuízo». Além de muito trabalho de limpeza. «Valeu o apoio da proteção civil, sobretudo do senhor presidente de junta, que foi incansável», conta a proprietária, que já reportou o caso ao seguro e a uma das proprietárias do monte em redor.

Porém, a resposta não é animadora. «A primeira coisa que a proprietária disse foi: liguei para o meu advogado e disse-me que não há seguros para bouças. E isto foi um fenómeno da natureza, não é minha responsabilidade».

O caso será agora reportado ao seguro. «Mas, claramente, não estou segura, nem descansada», declara.

Aliás, com a aproximação de mais um quadro meteorológico que aponta para o regresso em força da chuva, da trovoada e do vento (ainda mais forte), a família vai ser obrigada a sair. «Ainda não sei bem para onde, pois não sou de cá. Vivo aqui há 5 anos e não tenho cá família», disse, ao jornal ‘O Vilaverdense’.

Uma coisa é certa, com o prejuízo gerado e a instabilidade do terreno bem latente (como documentam as fotos e vídeos), a única escolha possível é sair.

«Esta segunda-feira, quando aumentar a chuva, vamos sair», finaliza.

ovilaverdense@gmail.com

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