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Fátima, sempre foi, já é e será sempre mais (39). Os lugares e as pessoas são as verdadeiras fontes da verdade

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A primeira aparição de Nossa Senhora, no dia 13 de Maio de 1917, foi num domingo. Os pastorinhos, após cumprirem o preceito dominical, como sempre o fizeram, assistindo à missa na Igreja Matriz, saíram calmamente com os seus rebanhos para a Cova da Iria, colaborando com os seus pais no sustento do lar, obedientes e alegres nestes trabalhos que quotidianamente desempenhavam.

Inquietados, apesar do céu límpido, por um relâmpago, pois receavam que a trovoada surgisse, Lúcia propôs o regresso a casa, ciente também da saciedade dos seus rebanhos. Iniciam, então, a descida pelo carreiro que ligava a uma estrada, em macadame, em direção a Aljustrel e, ao passar junto da azinheira grande, que hoje ainda lá se encontra como relíquia, eis que surge outro relâmpago que lhes fere a vista, Uma luz cada vez mais brilhante conduziu o seu olhar para o cimo da azinheira onde depararam com uma Mulher Formosa, vestida toda de branco… «Paramos… Inicia-se, então, o diálogo entre Nossa Senhora e os pastorinhos, deixando, aqui, algumas palavras da Lúcia: «… Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta hora. Depois vos direi Quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez… Ides ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto… Foi ao pronunciar estas palavras que abriu pela primeira vez as mãos comunicando-nos uma luz tão íntima… penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma… Por um impulso íntimo, caímos de joelhos, repetimos intimamente: Ó Santíssima Trindade eu Vos adoro… Em seguida, começou a elevar-se em direção ao nascente… A luz que a circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros, motivo por que alguma vez dissemos que vimos abrir-se o Céu.

Combinaram, como já referi numa das crónicas anteriores, nada dizerem, mas Jacinta não se conteve, pois uma parte dessa luz brilhava no seu coração e quis, prontamente, incidi-la no coração dos seus progenitores, não conseguindo retê-la por mais tempo no seu festivo íntimo: «Minha mãe, eu vi hoje Nossa Senhora na Cova da Iria.» A mãe não lhe ligou, pensando ser mais uma brincadeira de crianças, mas a insistência da Jacinta era tanta que ela virou-se para ela e disse-lhe ironicamente: «Ah, sim? Que grande santa que tu me saíste para assim te aparecer Nossa Senhora!

– Vi, mãezinha, vi.»

Lentamente, a mãe e os irmãos foram acreditando. O Francisco, no dia seguinte foi comunicar à Lúcia o sucedido, deixando-a perplexa, pensado no que iria acontecer. Assim sucedeu, a partir daquela data os pastorinhos não tiveram mais sossego, sobretudo até à aparição do dia 13 de Outubro. A mãe da Lúcia, senhora Maria Rosa, não acreditou, fazendo como S. Tomé, receando confusões, trapalhices, ilusões, brincadeiras de crianças, estabelecendo-se um contraste entre a fé dos Martos e a “relutância crítica, prudente de Maria Rosa.” Lúcia chora, não diz o contrário, desabafando com a Virgem Maria e seus amigos. A notícia propaga-se, teme o pior, quer que a filha desminta às pessoas a quem chegou a notícia, colocando-a num sofrimento arrasador, dirigindo aos primos esta pergunta sem resposta possível: «Minha Mãe quer a todo o custo que eu diga que menti; e como “hei de” dizê-lo?»

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