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Fátima, sempre foi, já é e será sempre mais (40). Os lugares e as pessoas são as verdadeiras fontes da verdade

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A mãe da Lúcia levou a filha à residência paroquial na esperança de o Sr. Prior demovê-la do que dizia ter visto. Preparou a filha para o que deveria dizer, Quando já estava quase a entrar na residência paroquial, ainda frisou: «Não me rales mais! Agora diz ao Sr. Prior que mentiste, para que ele possa no domingo dizer na igreja que foi mentira e assim acabar tudo.» Lúcia chorava, escondia-se quando podia, mas nada a demovia entre tantas promessas, carinhos, ameaças ou castigos, acentuando: «Mas, minha mãe, como hei de dizer que não vi, se eu vi?» Que prova de amor à verdade naquela criança de tenra idade! Que fenómeno misterioso!

Na altura das aparições, ainda estava a decorrer o difícil processo da restauração da Diocese de Leiria-Fátima, pois ainda pertencia ao Patriarcado de Lisboa, aquando da sua extinção, por motivos políticos, em 1881, e, só em 17 de janeiro de 1918 com a publicação da Bula pelo Papa Bento XV, é que voltou, até à atualidade, a ser designada Diocese de Leiria-Fátima, completando 100 anos em Janeiro de 2018. Dentro deste contexto, o 13 de Junho de 1917, altura da 2ª aparição, a festa de Santo António era, em todo o patriarcado, um acontecimento importante pela grande devoção ao Santo e Fátima era um desses exemplos. Os próprios pastores, nesse dia, saciavam os seus rebanhos logo ao raiar da aurora para que ficassem livres para assistirem à festa religiosa e não só… Lúcia gostava muito da festa, acompanhando sempre a sua família e amigas o que originou alguns comentários no sentido de a provocar e de a arreliar: «Sempre estou para ver se deixas a festa para ires à Cova da Iria falar lá com essa Senhora…!»

Os pastorinhos, apesar de toda essa tradição, no dia 13 de Junho de 1917, ansiavam, isso sim, pelo novo encontro prometido por Nossa Senhora na Cova da Iria. Lúcia e os seus primos, mantiveram a tradição de encerrar o gado, bem cedo e bem saciado, nas suas cortes, mas, em vez da festa, caminharam, na companhia de um pequeno número de pessoas oriundas de locais já dispersos e, ainda, de algumas jovens da sua idade, companheiras da Comunhão Solene, que desejavam abeirar-se do que se estava a passar na Cova da Iria.

À hora marcada, lá aparece Nossa Senhora sobre a carrasqueira ou pequena azinheira na qual tinha aparecido no mês anterior, 13 de Maio, sendo anunciada por uma estranha luz intensa a rodear a “celeste visão” e os próprios pastorinhos, iniciando-se de imediato o diálogo com a Lúcia tal como ela própria narra: «Vossemecê que me quer? – perguntei.

– Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias e que aprendas a ler. Depois direi o que quero.(…)

– Queria pedir-Lhe para nos levar para o Céu. – Sim, a Jacinta e o Francisco levo-os em breve, mas tu ficas mais tempo. Jesus quer servir-Se de ti para Me fazer conhecer e amar…»

Após aquele diálogo, abriu as mãos. Mostrou-lhes o reflexo de uma luz intensa em que a Jacinta e o Francisco estavam na parte dessa luz que se elevava para o Céu e a Lúcia na parte dessa luz que se espalhava sobre a terra. Na palma da mão direita de Nossa Senhora viam um coração cercado de espinhos que pareciam estar cravados.

O povo começou a acreditar de tal maneira que na aparição de julho já estavam presentes milhares de pessoas, mas a mãe de Lúcia continuava incrédula, atuando ainda com mais força para que a filha desmentisse e desmascarasse aquilo que para ela era uma “intrujice”.

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