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Fátima, sempre foi, já é e será sempre mais (55): Roma já acreditava nas Aparições de Fátima

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Por Salvador de Sousa

Escrevi, anteriormente, sobre as várias intervenções de Roma em relação à fidelidade do povo português a Maria e a certos privilégios que concedeu a Fátima, ainda durante o processo de análise à veracidade das Aparições. Durante a peregrinação do dia 13 de junho de 1931, o Bispo de Leiria leu um telegrama que enviou para o Vaticano, dirigido ao Eminentíssimo Cardeal Secretário de Estado, que referia que milhares de peregrinos, ali presentes, rogavam a Bênção Apostólica, além de outras considerações, dando também a conhecer aos fiéis, ali presentes, que o Papa Pio XI “se recomendou às nossas orações neste Santuário.”

O Cardeal Pacelli, logo a seguir, respondeu o seguinte: «Agradecido pela filial homenagem de adesão, o Santo Padre abençoa, de todo o coração, os peregrinos do Santuário de Fátima.»

Mais tarde, o Papa Pio XI escreveu aos Bispos de Portugal a carta “EX OFFICIOSIS LITTERIS”, referindo-se à Ação Católica, com o seguinte teor:        «Nessa Nação, de tão florescente de espírito cristão, tão rica em monumentos e glórias da Igreja Católica e a quem, recentemente ainda, a Virgem Maria Mãe de Deus concedeu benefícios extraordinários, não será difícil encontrar bons cidadãos que espontaneamente entrem nessa Milícia de Jesus Cristo.»

A Cova da Iria continuou fortemente enraizada no coração dos Pontífices, pois o Papa Pio XII, na sua Encíclica “ Saeculo Exeunte Octavo,” publicada no dia 13 de junho de 1940, sobre as Comemorações do 8º Centenário da fundação do nosso país e do Apostolado Missionário de Portugal, mencionou duas vezes o nome de Fátima: «…o Terço tão recomendado por Nossa Senhora de Fátima… e Nossa Senhora do Rosário de Fátima, a Senhora do Rosário que venceu em Lepanto (uma batalha naval, no Mar Jónico, travada entre uma esquadra da liga Santa, formada por vários países e o Império Otomano, no dia 7 de outubro de 1571, representando o fim da expansão Islâmica no Mediterrâneo), vos assistirá com a sua poderosa intercessão.»

Há uma forte coincidência entre a aparição do dia 13 de Maio de 1917 e a Sagração Episcopal (bispo) do Papa Pio XII que teve lugar nessa data, com certeza, à mesma hora em que Nossa Senhora se revelava aos Pastorinhos, em Fátima. Por essa mesma razão, os bispos portugueses reuniram-se, no dia 31 de outubro de 1942, na Sé de Lisboa, para um solene Te Deum, dando graças pelo 25º aniversário da sua Sagração Episcopal e das Aparições de Fátima. Nessa altura, o Papa Pio XII dirigiu-se, através da rádio, em Língua Portuguesa, a todas as gentes deste nosso país. Representou um acontecimento extraordinário na nossa história religiosa, pois foi, pela primeira vez, que um Sumo Pontífice falou, solenemente, na nossa língua materna, a todos os portugueses com palavras de elogio, acentuando os feitos e toda a entrega do povo português a Deus e a Maria. Eis algumas das suas palavras:

«Mais uma vez, neste ano de graça, subsistes em devota romagem à montanha Santa de Fátima, levando convosco os corações de todo o Portugal crente, para aí depositares aos pés da Virgem Padroeira o tributo filial do vosso amor acrisolado (intenso, purificado…) e a homenagem da vossa gratidão.

Glória, Bênção, Ação de Graças à Virgem Senhora, Rainha e Mãe da sua terra de Santa Maria que tem salvado mil vezes, que sempre lhe acudiu nas horas trágicas, e que, nesta talvez a mais trágica, o fez tão manifestamente que já em 1934 o nosso Predecessor Pio XI, de imortal memória, na Carta Apostólica “Ex officiosis litteris” atestava os extraordinários benefícios com que a Virgem Mãe de Deus acabava de favorecer a vossa Pátria.»

O Papa termina toda a sua alocução, consagrando o Mundo ao Imaculado Coração de Maria. Lúcia escreveu variadas vezes ao Santo Padre para que isso acontecesse. Há aqui uma conclusão clara: a ligação da devoção ao Coração de Maria com Fátima.

Principal fonte destas crónicas: “Fátima Altar do Mundo”, 3 volumes, sob a direção literária do Dr. João Ameal da Academia Portuguesa da História…

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