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Fátima, sempre foi, já é e será sempre mais (63). Fátima entrou, rapidamente, no coração dos povos de todo o mundo

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A mensagem de Fátima depressa chegou aos povos de todo o mundo. Grande parte, acarinhou-a e interiorizou-a, expandiu-a ainda mais, multiplicando-se de tal maneira que, desde logo, Fátima tornou-se o “Altar do Mundo”. 

Não foram precisos muitos anos para que gentes de todas as classes sociais, de várias partes do globo, visitassem o local escolhido por Nossa Senhora, mesmo antes do Bispo de Leiria, no dia 13 de Outubro de 1930, declarar fidedignas as visões dos Pastorinhos. 

O Dr Luís Fischer, catedrático da Universidade de Bamberg, na Baviera, no seu livro «Fátima, Lourdes Portuguesa» chama ao fenómeno da Cova da Iria “ a formidável maravilha do século XX.” Em maio de 1929 assistiu à grande peregrinação a qual, com certeza, ajudou a igreja a credibilizar as Aparições, oficializando-as no ano seguinte. Segundo o jornal “A Voz de Fátima de 13 de fevereiro de 1957, este famoso teólogo resolveu, nas férias grandes desse ano, fazer uma visita de estudo pela Península Ibérica com o intuito de conhecer as grandes bibliotecas dos famosos centros universitários de aquém Pirenéus, inteirando-se da cultura, do catolicismo e da vida social das duas nações Ibéricas. O estudioso, Rev. Dr. Fischer, inteirou-se das realidades de Fátima, através de um periódico local onde leu uma crónica de Von Lama – “acontecimentos mais notáveis do mundo católico contemporâneo”. Vale a pena transcrever uma passagem publicada no jornal já citado “A Voz de Fátima”: «Conta ele mesmo no citado livro que no trajeto do Porto até à Fátima, nesse já longínquo 12 de Outubro de 1929, “sacerdotes e leigos, gente culta das cidades e pobre povo dos campos”, que enchiam o comboio, manifestavam um júbilo especial, comunicativo, ao dizerem: «Vamos para Fátima!» E o Autor confessa: «Esta palavra mágica dominou-me também a mim!» O crítico observador, frio como os da raça nórdica, ia-se moldando na têmpera escaldante do entusiasmo luso. Não o impressionara, por aí além, o primeiro contacto com o panorama buliçoso da Fátima em vigília de grande peregrinação. Porém, à noite, «quando o vale escuro se converteu rapidamente num mar vivo de fogo» esse lume pegou-se-lhe na alma: – «0 que aqui se vê é um espetáculo único, extraordinário que não tem similar em parte alguma do mundo!» E no seu espírito são evocadas as luzes de Kevelaer (Alemanha), de Einsiedeln (Suíça), de Altõtting (Alemanha – alta Baviera), de Lourdes (França) mesmo… e nenhuma brilha como as desta «noite santa no meio dum mundo corrupto». “Fátima é um Santuário único no seu género. Fátima só existe uma!” 

 A partir da sua visita, apercebendo-se da fé daqueles 300.000 peregrinos e de todo o contacto pessoal, literário… promoveu na Alemanha uma grande divulgação da mensagem e de todos os acontecimentos na Serra d’Aire, fazendo com que muitos dos seus compatriotas iniciassem visitas a Fátima. Logo em maio de 1931, grandes figuras ilustres da ciência e das letras da Alemanha visitaram a terra portuguesa onde a Virgem Santíssima quis deixar a sua Mensagem.

O Episcopado Português, em maio de 1936, deliberou, em reunião na Cova da Iria, ali voltar em força se Portugal fosse livre da “invasão comunista que ameaçava a Europa inteira”. O voto foi colocado na Capela das Aparições sem que os 250.000 peregrinos, oriundos também de outros países do mundo, se apercebessem, no meio dos quais se encontrava o nosso grande escritor António Correia de Oliveira, poeta católico que tinha Fátima a fervilhar no mais profundo do seu ser, publicando, mais tarde, um poema sobre Fátima – “A Azinheira em Flor”. Declarou a um jornalista, em 1933, que Portugal renasce a partir da Cova da Iria. O profeta do Portugal novo, como João Mendes lhe chamava, confiava, cada vez mais na “oração dos humildes, na penitência dos inocentes pelos pecadores e na misericórdia ação da Providência na história dos acontecimentos humanos” como fatores de libertação de uma Pátria em crise que se arrastava há décadas. Dizia ele que a Serra d’Aire consistia numa varanda “ sobre as cordilheiras e os abismos do mundo” de onde se projetava a mensagem celestial que um dia a Senhora, vestida de sol, transmitiu, fazendo com que as “portas de ouro” se abrissem e descesse às agruras da serra para falar com três inocentes crianças.

Principal fonte destas crónicas: “Fátima Altar do Mundo”, 3 volumes, sob a direção literária do Dr. João Ameal da Academia Portuguesa da História.OP

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