Apesar de a taxa de inflação homóloga em Portugal ter reduzidos 0,2 pontos percentuais, para 2,1% no mês passado, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), as famílias continuam a sentir o ‘aperto’ nos orçamentos, especialmente no que respeita a energia e alimentação.
De acordo com o INE, os preços da eletricidade subiram 18,3% e os dos combustíveis 3,4% , se compararmos os valores com os registados em fevereiro de 2023. Por outro lado, o preço do gás desceu 18,7%, assinala o Diário de Notícias.
O Índice de Preços no Consumidor (IPM) dos produtos energéticos disparou assim no mês passado para 4,3%, ao passo que o dos produtos alimentares não transformados abrandou para 0,8%, com o INE a explicar que, perante os grandes aumentos registados no ano passado, os agora verificados notam-se menos.
Olhando a classes que mais contribuíram para o crescimento homólogo da inflação, habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis registaram aumento de 5,7%, restaurantes e hotéis 6,1% e transportes 3,18%.
Já quanto ao IPM, verifica-se que, comparando o mês passado com o mesmo de 2023, as rendas cresceram 6,5%, os preços da água e saneamento subiram 4,5% e 2,78%, e o custo da recolha de resíduos urbanos está 11,9% mais cara.
Ao mesmo jornal, Pedro Silva, especialista em energia da Deco Proteste, destaca que “existiram alterações significativas em contratos vigentes em janeiro de 2024, os aumentos de 2 dígitos podem, de facto, ter ocorrido e devem motivar os consumidores a optar por tarifas mais económicas e adaptadas ao seu perfil de consumo”. “Relembramos que são quase inexistentes as tarifas com cláusulas de fidelização neste mercado e que o consumidor pode mudar de tarifa sempre que quiser, de forma gratuita e célere”, aconselha o responsável.
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Com Executive Digest