VILA DE PRADO (Vila Verde)

VILA DE PRADO (Vila Verde) -

‘Feira dos Vinte’ de Prado junta multidão em dia de secular tradição dedicada a São Sebastião

Como era esperado, foi uma manhã agitada na Vila de Prado, para celebrar mais uma secular ‘Feira dos Vinte’, em honra de São Sebastião. A manhã, com ameaça de chuva, começou ‘serena’, com pouco gado, fruto das ‘burocracias legislativas’, que controlam a sua entrada no recinto. Aos poucos, as diferentes divisões da GNR presentes foram libertando o gado e este voltou a ser a principal atração dos milhares de pessoas que rumam à vila de Prado neste dia.

A meio da manhã, já com a presença do ministro da agricultura e pescas, o vilaverdense José Manuel Fernandes, já se sentia o movimento e a grande agitação de outros tempos. A feira normalizou, os visitantes ficaram mais tranquilos e o gado bovino e cavalar pode ser apreciado em diferentes pontos do certame. Alguns exemplares no campo da feira, ao lado de ovelhas e raças avícolas; outros, em maior número, no tradicional concurso pecuário de raças minhota e barrosã.

Em paralelo, porque a feira gira em torno de São Sebastião, os fiéis cumpriam a sua ‘promessa’ na capela erguida no topo do campo da feira, onde eram depositadas as esmolas para interseção do santo protetor da fome, da peste e da guerra.

Logo abaixo, os vendedores ambulantes e feirantes, apregoavam os melhores produtos aos melhores preços, dos doces aos enchidos, à correaria e ao vestuário e calçado.

Em redor do certame, a tenda gastronómica começou a servir as bifanas e outros petiscos para o ‘mata bicho matinal’, enquanto as cozinheiras preparavam as tradicionais papas de sarrabulho para a hora de almoço.

Nada fica ao acaso e todos se envolvem. Sente-se o cheiro, o ambiente próprio da festa popular, onde se reencontram amigos e conhecidos e onde se vive descontraidamente a tradição.

ALBANO BASTOS: «É a verdadeira festa de Prado»

Se o gado é a grande atração, não menos importante é o fato de ser espaço de fé, tradição e convívio.

Vem gente de toda a região Norte e de alguns pontos mais distantes do país e da Galiza. É um dia de romaria, literalmente.

«É um certame único, que está a ressurgir e a crescer nos últimos anos, graças à aposta feita em alguns pontos de atração populares», assinala o presidente da junta local, Albano Bastos, que salienta ainda o facto de ser muito importante «manter a sua raiz, assente no gado e na devoção a São Sebastião». Não tem dúvidas em afirmar que «é a verdadeira festa de Prado, com forte dinâmica económica e social, graças ao apoio e envolvimento de muitas coletividades e dos pradenses, que se orgulham deste evento».

ovilaverdense@gmail.com

 

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