A 3ª edição do Festival Província Sonora, organizado pela Artway, está de regresso, e este ano estende-se de norte a sul, até outubro, com paragens em Vila Verde, Vieira do Minho, Póvoa do Lanhoso, Chaves, Sardoal, Setúbal e, pela primeira vez, em Badajoz (Espanha), levando consigo concertos e workshops que promovem o encontro entre tradição e criação contemporânea.
De destacar, no dia 19 de julho, a passagem por Vila Verde, com o Workshop e o concerto “Era uma vez a lã”, no Centro de Artes e Cultura de Vila Verde. Ainda, a festa está de passagem por Vieira do Minho nos dias 4 e 5 com o Workshop Dalila e Melissa “Era uma vez a lã”, os concertos Vespertinos com o Bando de Surunyo, o Ensemble Darcos e o Coro Ricercare, que vão acontecer na Casa de Lamas Centro Cultural, e a Desgarrada Encantada.
O Festival Província Sonora é itinerante e promove o diálogo entre a música tradicional e a música erudita. «É um projeto que aposta na descentralização da oferta cultural, permitindo, como nenhum outro, uma real e humana aproximação entre músicos, música e público», descreve a organização. Os locais onde se realizam os concertos são igrejas, praças, casas da cultura e espaços ao ar livre na natureza.
A qualidade artística está assegurada por alguns dos mais reputados músicos portugueses, como O Bando de Surunyo com música recuperada do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, Miguel Borges Coelho e Daniel Moreira com música de Fernando Lopes-Graça, Ensemble Darcos, e Coro Ricercare apresentam “CANTE”, um concerto com música de Nuno Côrte-Real inspirada no Cante Alentejano; MAAT Saxophone Quartet com “Echo Rising Stars” um projeto de criação contemporânea que alerta para a problemática das alterações climáticas. O MAAT foi nomeado ECHO Rising Star em 2025/2026.
O momento alto do festival é a “Desgarrada Encantada” que junta em palco, numa noite quente de Verão (ao ar livre, na praça central da Vila de Vieira do Minho) músicos de matriz erudita com músicos amadores de bandas filarmónicas e ranchos locais. O Ensemble Provinciano é liderado por Dalila Teixeira que coordena um trabalho de pesquisa e criação. Paralelamente, e pensando no público infantojuvenil, Dalila Teixeira e Melissa Fontoura fazem a recolha de danças e canções tradicionais portuguesas que depois irão ensinar em workshops e apresentar em concertos juntando-lhes ainda uma pitada de Debussy, Ravel e Fauré.
O Festival tem, ainda, os Clarinetes Ad Libitum com concerto em Setúbal, a Academia Ad Libitum que se divide em formação para clarinetistas amadores e profissionais, que participarão no concerto “Desconcerto” que se apresentará no dia seguinte.
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