Uma funcionária administrativa dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde apresentou, na passada quinta-feira, queixa na GNR contra o presidente da Direcção, Paulo Renato Rocha, acusando-o de a ter perseguido, de automóvel, na noite anterior.
Lurdes Calais revelou que a queixa apresenta testemunhas presenciais e sublinha que o episódio – que já não será o primeiro – faz parte de um «clima de perseguição interna», visando despedi-la a todo o custo, apesar de ter 34 anos de casa e de «uma dedicação completa» aos Bombeiros.
Em resposta, o dirigente associativo disse que «nunca perseguiu ninguém» e sublinhou que tal garantia se reporta, quer a aspectos profissionais, quer a pessoais. «Não tenho nada contra ela», assegura, negando ter intenção de a despedir.
Paulo Renato considera «estranho» que a queixa tenha sido feita antes das eleições internas agendadas para o próximo sábado.
Como pano de fundo do litígio entre a trabalhadora administrativa e o presidente da Direcção está um processo disciplinar que lhe foi movido em 2019 e que motivou a uma pena de suspensão de funções por dez dias.
Lurdes Calais terá discutido com um colega de trabalho, tendo Paulo Renato tomado o partido do outro. A trabalhadora diz que a punição é «injusta e infundada» e que a querem despedir sem causa para tal. Por isso, contestou-a no Tribunal de Trabalho, estando o julgamento marcado para dia 30.
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