O município de Vila Verde foi distinguido com o galardão Autarquia Voluntária, numa cerimónia pública em Lisboa, onde a presidente da Câmara, Júlia Fernandes, vincou a importância de reconhecer o voluntariado como “um recurso efetivo para o sucesso das políticas sociais e promover qualidade de vida”.
“A promoção do voluntariado no concelho de Vila Verde assume um impacto de enorme importância para o sucesso do trabalho social desenvolvido pelo município junto das pessoas mais vulneráveis, designadamente os idosos e em também casos de emergências sociais”, frisou a autarca.
O lançamento do Programa de Voluntariado em Emergência Social foi uma das iniciativas assumidas pela Câmara de Vila Verde, com o objetivo de assegurar uma resposta eficaz em primeiros socorros, apoio psicológico e gestão de crises, reforçando os laços de solidariedade e coesão social.
A criação do Banco Local de Voluntariado e o funcionamento do Programa Idade Maior – dirigido ao combate a problemas de idosos em situação de isolamento – fazem também parte do leque de “ações inovadoras e inclusivas” apontadas por Júlia Fernandes no âmbito da promoção da prática do voluntariado em Vila Verde.
Segundo a presidente da Câmara, trata-se de ações “desenhadas para atingir diferentes segmentos da população, com o objetivo de aumentar a consciencialização sobre a importância do voluntariado e incentivar a participação ativa da comunidade no serviço público, particularmente na área social”.
O galardão Autarquia Voluntária, cuja distinção foi entregue quinta-feira, no Teatro Thales, em Lisboa, é promovido pela “CASES – Cooperativa António Sérgio para a Economia Social”.
Criado com o objetivo central de distinguir e reconhecer o trabalho das autarquias ao nível do voluntariado social, o galardão visa ainda potenciar uma rede de partilha, que privilegie a monitorização e a divulgação de boas práticas que podem ser assumidas e replicadas por outros territórios.
AÇÕES DE VOLUNTARIADO
Em Vila Verde, o Banco Local de Voluntariado (BLV) funciona como uma “plataforma central para conectar voluntários e voluntárias as com organizações que necessitam de apoio”. Facilita o encontro entre a oferta e a procura de voluntariado através da gestão de perfis de voluntários, recrutamento, entrevistas, preparação, supervisão, avaliação e reconhecimento dos voluntários.
Este processo estruturado permite a criação de sinergias entre diferentes agentes de voluntariado, incluindo organizações sociais, entidades educativas, empresas e cidadãos, promovendo um território mais coeso e ativo no envolvimento comunitário.
Outro exemplo de boas práticas é o Programa Idade Maior, que visa apoiar pessoas idosas em situação de vulnerabilidade social. Este programa envolve várias entidades, como a GNR, Proteção Civil, ACES Gerês-Cabreira, Bombeiros Voluntários de Vila Verde e a Cruz Vermelha Portuguesa. Inclui atividades como a teleassistência, em que os voluntários realizam chamadas telefónicas para promover relações sociais e aumentar a rede de contactos e segurança dos beneficiários.
O impacto deste programa inclui a redução do isolamento social entre idosos, o fortalecimento da rede de apoio comunitário e o aumento da empatia e compreensão entre voluntários e beneficiários.
Para promover o voluntariado em todas as idades, o BLV também organiza programas específicos para diferentes públicos. Por exemplo, nas recolhas de alimentos organizadas foram, pela primeira vez, envolvidas pessoas idosas institucionalizadas, em estreita articulação com as instituições locais. Esta atividade não só estimula a participação ativa dos idosos na comunidade, mas também fortalece os laços familiares e intergeracionais, promovendo uma sociedade mais inclusiva e coesa.
