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Gazprom anuncia novo corte drástico nas entregas de gás à Europa e Galp quer reduzir consumo 

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A Galp está a fazer “o possível” para reduzir o seu consumo de gás e espera não voltar a recorrer ao mercado para garantir o aprovisionamento, afirmou esta segunda-feira o presidente executivo da empresa. Entretanto, o grupo russo Gazprom anunciou que a partir de quarta-feira, reduz drasticamente o fornecimento de gás russo à Europa através do gasoduto Nord Stream, justificando a redução com a manutenção de uma turbina.

Numa sessão com os analistas, o presidente executivo da Galp, Andy Brown, assegurou que a empresa “está a fazer o possível” para reduzir o consumo de gás, esperando não ter que recorrer novamente ao mercado para garantir o aprovisionamento.

O presidente executivo da petrolífera disse ainda que foram registados alguns constrangimentos na actividade da empresa, ao longo do segundo trimestre, devido ao nível de aprovisionamento.

Os lucros da Galp subiram 153% no primeiro semestre, face a igual período de 2021, para 420 milhões de euros, com os resultados a reflectirem um “desempenho operacional robusto”, divulgou esta segunda-feira a empresa. Este valor compara com o resultado líquido de 166 milhões de euros no ano passado.

Já o grupo russo Gazprom anunciou também esta segunda-feira que vai reduzir drasticamente, a partir de quarta-feira, o fornecimento de gás russo à Europa através do gasoduto Nord Stream, justificando a redução com a manutenção de uma turbina.

“A capacidade de produção da estação de compressão Portovaïa passará para 33 milhões de m3 diários em 27 de Julho às 07h00” (05h00 em Lisboa), indicou a Gazprom, ou seja, cerca 20% da capacidade do gasoduto contra os 40% actuais.

A Rússia já tinha reduzido por duas vezes o volume das suas entregas, em Junho, alegando que o gasoduto não pode funcionar normalmente sem uma turbina que está em reparação no Canadá e que não foi entregue à Rússia por causa das sanções impostas pelo Ocidente a Moscovo na sequência da invasão russa da Ucrânia.

Desde então, a Alemanha e o Canadá concordaram em recuperar o equipamento para a Rússia, mas a turbina ainda não foi entregue.

Para Berlim, trata-se de uma decisão “política” e um “pretexto” para pressionar os países ocidentais, no contexto do conflito na Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, já tinha avisado que se a Rússia não recebesse a turbina em falta, o gasoduto passaria a funcionar a 20% da sua capacidade a partir desta semana devido à manutenção em breve de uma segunda turbina.

O gasoduto Nord Stream liga a Rússia à Alemanha, através do Mar Báltico e tem, segundo a Gazprom, uma capacidade para 167 milhões de m3 diários. Vários países dependem bastante dos recursos energéticos russos.

Os países ocidentais acusam Moscovo de se servir disso em retaliação às sanções adoptadas após a ofensiva russa na Ucrânia.

Por sua vez, o Kremlin diz que as sanções estão na origem dos problemas técnicos na infra-estrutura de gás e que a Europa é atingida pelas medidas que impôs à Rússia.

 

Com Executive Digest

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