A Guarda Nacional Republicana (GNR) e os seus militares e civis sentiram-se, nas últimas semanas, na obrigação de ajustar o seu funcionamento e as suas rotinas, a fim de manter uma capacidade de resposta condicente com as necessidades do País neste período de pandemia.
Mais do que o habitual policiamento de proximidade, os militares da GNR têm procurado «potenciar as suas capacidades distintivas, características de uma força de segurança de natureza militar, no que diz respeito à segurança e vigilância do Território Nacional, monitorizando movimentos e controlando fronteiras, através de afectação diária de mais de 500 militares. Assim, tem sido implementado um reforço das cadeias logísticas em prol da autos-suficiência do dispositivo operacional, bem como canalizadas todas as valências policiais no apoio à população, nomeadamente no suporte à primeira linha da saúde, na protecção de áreas e no apoio à população idosa, sobretudo a que vive sozinha e isolada», pode ler-se em comunicado enviado pela GNR.
CENTRO CLÍNICO DA GNR
A GNR destaca ainda o apoio do Centro Clínico de Saúde Militar da Guarda, que tem prestado apoio aos militares nas suas tarefas, designadamente no «esclarecimento dos procedimentos a adoptar no contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas com COVID-19; na distribuição de mais de 28 mil kits de Equipamento de Protecção Individual (EPI), e na criação de uma sala de situação que monitoriza e apoia, 24 horas por dia, os militares com sintomas de doença (COVID-19 ou outras), com o objectivo de garantir, a todo o tempo, uma maximização do nível de operacionalidade do efectivo da Guarda».
OPERACIONAL
Na vertente operacional, para além da «resolução das mais diversificadas ocorrências do dia-a-dia pelas patrulhas do dispositivo territorial, os militares da Guarda têm «desenvolvido uma série de acções» no sentido de «contribuir para a resolução dos problemas que o país e a sua população enfrentam, destacando-se a realização diária de mais de 1.800 patrulhas, nas quais têm sido percorridos uma média diária superior a 120.000 Km».
UNIDADE DE CONTROLO COSTEIRO
Também a Unidade de Controlo Costeiro tem «garantido a vigilância de portos e de todos os pontos de entrada no país por via marítima, tanto no continente, como nas ilhas». A Unidade de Acção Fiscal tem «reforçado o controlo da fronteira terrestre através de meios diferenciados, no que diz respeito a passagens não autorizadas». A Unidade de Emergência de Protecção e Socorro tem «apoiado o dispositivo territorial e de trânsito, na monitorização de movimentos e no controlo de fronteiras, bem como participado na garantia de cerca sanitária». Além disso, mantém preparada a sua especialidade NRBQ (Nuclear, Radiológico, Biológico e Químico), de modo a «proceder à descontaminação de materiais e espaços, sempre que lhe seja solicitado». Como último reduto, a Unidade de Intervenção, que tem preposicionado os seus meios, no sentido de «dar uma resposta à necessidade de uma imediata projecção e intervenção em qualquer ponto do país, seja para garantia da ordem pública, para efectuar escoltas de segurança ou protecção de pontos críticos».
«VÍRUS NÃO ESCOLHE PROFISSÕES, IDADES OU GÉNEROS»
Os militares da Guarda procurarão «manter ininterruptamente a sua capacidade operacional, adaptando-se à nova realidade, e procurando ir ao encontro das necessidades dos Portugueses. Infelizmente, e porque o vírus não escolhe profissões, idades ou géneros, contamos neste momento com dois militares infectados, três com suspeita de infecção, 57 em quarentena e 77 em avaliação», revelam.