O Governo confirmou este sábado que vai mesmo implementar um novo confinamento no país. O anúncio foi feito esta tarde pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, após terem terminado as reuniões do primeiro-ministro, António Costa, com os partidos com assento parlamentar.
“Aquilo que podemos destacar destas audições é um grande consenso de que, face aos números que temos verificado, é de facto necessário tomar medidas adicionais”, sublinhou a ministra numa conferência de imprensa em São Bento.
“Aquilo que faremos é um confinamento muito próximo daquele que aconteceu nos meses de Março e Abril, garantindo, em princípio, que não fecharemos nada que não tivesse sido fechado. Portanto, a agricultura, a indústria, a distribuição continuarão a funcionar para garantir que os bens essenciais dos portugueses não faltarão”, disse Mariana Vieira da Silva.
A governante ressalvou que se a decisão de endurecer as medidas restritivas para combater a pandemia tivesse sido tomada há uma semana, teria sido tomada com “informação incompleta”.
“Foi por isso que adiámos por uma semana e é fundamental ouvir na terça-feira os peritos”, acrescentou, numa alusão à reunião do Infarmed.
A ministra da Presidência frisou que “assim que a Assembleia da República aprovar o novo decreto de Estado de Emergência, o Conselho de Ministros reunirá imediatamente para tomar estas decisões”.
De seguida, Mariana Vieira da Silva fez uma advertência aos portugueses, pedindo que se protejam.
“Não é necessário ficarmos à espera que saia um novo decreto quando sabemos que, face a estes números, é nossa obrigação protegermo-nos, reduzirmos ao máximo os nossos contactos ao essencial, e sabermos que, num momento em que há mais pessoas infectadas, também cresce o risco de cada um de nós nos infectarmos”, constatou a ministra.
O Governo deve contar com o apoio da maioria parlamentar para ser aprovado um novo confinamento no território português.