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‘Governo Mais Próximo’ em Braga “será recordado por aquilo que não decidiu”, diz PCP

Em jeito de balanço sobre o ‘Governo Mais Próximo’, que durante dois dias percorreu o distrito de Braga, o PCP afirma que o evento “será recordado por aquilo que não decidiu”, confirmando as suspeitas comunistas que não passaria de “uma mera acção de propaganda”.

Em comunicado ao PressMinho/OVilaverdense, a Direcção da Organização Regional de Braga (DORB) do PCP, afirma que daquela iniciativa “destaca-se sobretudo o que não foi matéria de atenção por parte do Governo do que propriamente aquelas que foram as, poucas, decisões concretas”.

“Lamentavelmente, este Conselho de Ministros confirmou-se como uma oportunidade perdida para a tomada de decisões que contribuam para superar carências que se vão acumulando no distrito de Braga em áreas fundamentais”, frisa o PCP.

Para os comunistas bracarenses, aéreas “tão importantes para a vida da generalidade das pessoas, dos trabalhadores, dos reformados, dos jovens, como o acesso à habitação, o imperativo de reforço do serviço nacional de saúde, o investimento na escola pública e nos serviços públicos em geral, não mereceram qualquer menção”, sublinhando que a presença do Executivo de António Costa no distrito traduziu-se em “muitas visitas, reuniões e momentos para a fotografia, mas poucas decisões”.

“ZERO DECISÕES”

“Zero decisões sobre o acesso à habitação, reforço do Serviço Nacional de Saúde e escola pública. Ferrovia vai continuar estagnada”, resumem.

A título de exemplo, o PCP diz que na área da Saúde “passaram ao lado do Governo” a construção do novo Hospital de Barcelos-Esposende, a ampliação das instalações do Hospital de Braga, a conclusão das obras de beneficiação no Hospital de Guimarães ou as obras de beneficiação no Hospital de Vila Nova de Famalicão.

“Apesar do Governo ter reunido no dia em que o BCE decidiu mais um aumento das taxas de juro, nada foi dito sobre o acesso à Habitação, o combate à especulação imobiliária e construção de habitação pública”, afirma o partido, acrescentando que relativamente aos bairros do IHRU na região e à concretização de obras de requalificação, “também nada foi dito”.

Também sobre a mobilidade, nomeadamente de linhas de Bus Rapid Transit, o PCP realça que “rigorosamente nada de novo foi adiantado”.

Já quanto ao transporte ferroviário, o comunicado refere que, tendo em conta declarações de membros do Governo, se “confirma a intenção de abdicar do reforço o transporte ferroviário”. Isto, “apesar das exigências das assembleias municipais de Braga, Guimarães, Barcelos e Fafe que, por proposta da CDU, aprovaram reclamar a ligação ferroviária directa entre Braga e Guimarães e o prolongamento até Barcelos, ligando os quatro concelhos mais populosos da região”.

Ainda na área da mobilidade, apontam ainda que ficou por decidir a criação de condições para o estabelecimento de um Passe Social Intermodal.

De fora da agenda governamental ficou também a requalificação de várias escolas como a Escola Secundária de Amares, bem coma a construção da Barra de Esposende e desassoreamento do rio Cávado “e medidas para melhores condições de trabalho e rendimento dos pescadores de Esposende e Apúlia”.

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