SALÁRIOS (País)

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Governo propõe aumento do salário mínimo nacional para 860 euros no próximo ano

O Governo vai propor aos parceiros sociais um aumento da Remuneração Mínima Mensal Garantida (RMMG) para 860 euros no próximo ano, avança o jornal online ECO.

O aumento do salário mínimo em cerca de 4,9% — acima da previsão do Governo para o crescimento nominal da economia, em torno dos 4,5% — será discutido com as confederações patronais e com as centrais sindicais na reunião de Concertação Social marcada para esta quarta-feira, dia 11 de setembro.

Dos 855€ propostos no acordo de rendimentos celebrado pelo Governo de António Costa com as confederações patronais e com a UGT em 2022, o atual Governo entende que, afinal, há margem para ir mais longe, pelo que vai propor uma subida de 40 euros (dos atuais 820 euros para 860 euros), em vez do aumento já assente de 35 euros.

O Governo está a apostar chegar aos mil euros até ao final da legislatura (2028).

Quanto aos representantes dos trabalhadores, a CGTP já deixou claro que exige que o salário mínimo chegue aos mil euros no próximo ano, para fazer face ao «aumento brutal do custo de vida», enquanto a UGT indicou que há margem para atingir os 890 euros, numa entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1.

Entre os patrões, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), não comenta por agora a evolução da retribuição mínima garantida, explicando que quer ouvir primeiro a proposta do Governo.

Da parte da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), há que recordar que Armindo Monteiro recusou assinar a revisão do acordo de rendimentos no último ano, porque este previa uma subida do salário mínimo mais expressiva do que inicialmente firmado, sem incluir mais medidas para fomentar a produtividade (que suportassem esse reforço remuneratório).

O Ministério do Trabalho remete os esclarecimentos para a reunião de quarta-feira.

ovilaverdense@gmail.com

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